O Bitcoin está longe de poder substituir o que se tem hoje como dinheiro. Para isso acontecer, essa moeda criptografada terá de vencer alguns obstáculos tais como a alta volatilidade e a baixa capacidade de processamento de rede revela um novo relatório do UBS.
Joni Teves, analista do UBS, vai mais longe e diz que para que esse criptoativo “substitua o suprimento de dinheiro dos EUA – contas de papel, moedas, cheques de viagem e similares -, o preço precisa chegar a quase 213 mil dólares”.
“Devido à sua falta de estabilidade de preços, o Bitcoin fica aquém dos critérios que precisam ser satisfeitos para ser considerado dinheiro”, diz.
Segundo informações da Bloomberg, o relatório de 34 páginas foi lançado ontem (02) pela instituição financeira.
Nesse documento, a analista do UBS afirma que a rede do Bitcoin possui capacidade de processar apenas uma parte do volume de pagamentos que empresas de cartões de crédito como a Visa Inc. efetuam.
Além desses problemas apontados, os obstáculos regulatórios dificultam bastante a possibilidade de o Bitcoin “ser considerado uma classe de ativos dominante” Segundo informações da CNBC.
“Nossas descobertas sugerem que o Bitcoin, em sua forma atual, é muito instável e limitado para se tornar um meio de pagamento viável para transações globais ou uma classe de ativos dominante”, afirma Joni Teves.
Após ter feito uma análise sobre o preço desse criptoativo, Tevez afirma ter descoberto que 70% das oscilações de preço eram resultado de um interesse especulativo “guiado por momento” que torna o Bitcoin “vulnerável a grandes movimentos”.
Ela diz que a volatilidade de preços é um fator antigo para alguns investidores. O retorno anual do Bitcoin, desde 2013, foi de 216% e ela afirma que isso em comparação a ações e títulos de grau de investimento subiram 16% e 1,6%, respectivamente significaria apenas que essa moeda criptografada venceu “modestamente” as ações numa base ajustada ao risco.
A analista diz ainda que provavelmente os preços dos criptoativos continuarão muito voláteis, o que servirá apenas para atrair mais investidores especulativos e afastar cada vez mais o seu potencial de se tornar uma “classe de ativos alternativos”.
Mesmo com todos esses detalhes, o UBS não afastou a possibilidade de o Bitcoin um dia ser utilizado como forma de pagamento e dentre uma das soluções apontadas pela instituição financeira é a de que o apoio regulatório para garantir o direito dos usuários tornaria essa criptomoeda em uma “classe de ativos legítimos”.
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