O perfil do ex-presidente Jair Bolsonaro no X foi novamente hackeado na quinta-feira (30) e usado para divulgar uma memecoin, nos mesmos moldes usados na primeira vez. A informação foi divulgada pelo seu filho Carlos Bolsonaro, que é vereador pelo PL na cidade do Rio de Janeiro.
Conforme apuração do jornal Folha de S. Paulo, os textos compartilhados (agora já apagados) divulgavam uma criptomoeda com apelos patrióticos e usando a mesma fotografia do primeiro ataque hacker. Não fica claro se a memecoin anunciada é a BRAZIL, token usado da primeira vez para o golpe.
Jair Bolsonaro já recuperou pleno acesso ao seu perfil no X: sua publicação mais recente é uma crítica ao governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, seu grande adversário político.
Carlos Bolsonaro disse no X que após o primeiro ataque, “todos os métodos de segurança foram aperfeiçoados” e que mesmo assim o ataque hacker voltou a acontecer. O vereador afirma que está em contato com a rede social para saber quais novos procedimentos podem ser feitos para melhorar a segurança da conta do ex-presidente.
Memecoin $BRAZIL é promovida no golpe
No dia 23 de janeiro, o ex-presidente Jair Boslonaro teve sua conta no X hackeada, com os invasores usando o espaço para promover a memecoin $BRAZIL, também propagado na conta do deputado federal Marco Feliciano (PL-SP), feito usando a Pump.Fun, uma “fábrica” de memecoins da rede Solana.
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A publicação feita pelos hackers tentava vender a memecoin apelando aos sentimentos patrióticos: “Chegou a hora de celebrar o nosso país como nunca antes! Estou lançando o $BRAZIL, a moeda que representa o orgulho, a liberdade e a força do povo brasileiro”.
Além do texto, havia uma foto na qual Jair Bolsonaro aparece apertando a mão de Donald Trump durante uma reunião do G20, quando ambos eram presidentes de seus respectivos países.
Moeda teve pump and dump
No dia 21, o deputado federal Marco Feliciano (PL-SP) disse ter sofrido um ataque hacker para promoção da memecoin $BRAZIL. Reportagem do jornal O Globo aponta que um endereço da blockchain lucrou R$ 1,3 milhão e milhares de pessoas tiveram seus investimentos no token zerados.
Além disso, o jornal detalhou a cronologia do golpe pump and dump: 15h04 do dia 21 de janeiro um conjunto de carteiras comprou massivamente os tokens; 15h05 o post é feito na conta de Marco Feliciano; 15h06 a moeda sobe de US$ 0,00005 para US$ 0,005, valorização de 9.900%; 15h22 as baleias vendem de uma vez suas reservas e implodem o projeto. Ao todo, 12 mil investidores fizeram transações e potencialmente perderam dinheiro no esquema fraudulento.
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