A Europol (Serviço Europeu de Polícia) realizou a prisão de 11 traficantes de drogas que lavavam dinheiro ilícito através de criptomoedas. Segundo o comunicado da Agência, publicado na segunda-feira (09), a quadrilha movimentou mais de 8 milhões de euros.
De acordo com as investigações a movimentação financeira do crime era feita da Espanha para a Colômbia por meio de uma criptomoeda ainda não revelada e cartões de crédito. A exchange que servia de ‘escala’ para a efetivação do crime é da Finlândia.
Batizada de ‘Tulipa branca’, a operação coordenada pela Europol deu total apoio nas investigações realizadas pela Guarda Civil espanhola, autoridades policiais finlandesas e pela Homeland Security (Departamento de Segurança Interna dos Estados Unidos). As prisões também foram realizadas em conjunto.
Conforme informações da Europol, cerca de 137 indivíduos foram investigados. Os suspeitos movimentaram os dinheiro sujo em pelo menos 170 contas bancárias:
“Os criminosos residentes na Espanha foram contatados pelos narcotraficantes para lavar dinheiro obtido de suas atividades ilegais. Eles coletaram os lucros ilícitos em dinheiro, que foram então divididos em pequenas quantidades para serem depositados em centenas de contas bancárias em nome de terceiros”, diz o relatório.
Conversão em criptomoedas
Com o dinheiro sujo já em circulação, os supostos criminosos usaram pela primeira vez cartões de crédito para retirar o dinheiro na Colômbia, mas temendo descoberta, mudaram os planos e resolveram converter os ‘fundos’ em criptomoedas e depois para pesos colombianos através de uma corretora finlandesa.
A declaração da Europol indica que a exchange, cujo nome está mantido em segredo, cooperava com as autoridades finlandesas, compartilhando informações dos suspeitos.
A agência disse que vai se empenhar no fortalecimento policial para monitorar as atividades criminosas realizadas com criptomoedas:
“A Europol continuará a coordenar os Estados-Membros da União Europeia (UE) para responder efetivamente a esta ameaça crescente, Implementamos cursos de formação especializados para ajudar os agentes a identificar o uso de criptomoedas por redes de crime organizado”.
A Europol já emitiu relatórios sobre o uso ilícito de criptomoedas. Em 2017 a Agência alertou que Zcash, Monero e Ethereum estão cada vez mais envolvidos em cibercrimes, além de bitcoin. A Monero, por exemplo, é uma das preferidas dos criminosos devido aos recursos adicionais de segurança e privacidade que a diferencia da maioria.
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