Imagem da matéria: Traders têm US$ 8 bilhões em posições liquidadas após forte queda das criptomoedas
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A queda do bitcoin nesta quarta-feira (19) desencadeou um efeito cascata no mercado cripto que fez 815 mil traders liquidarem US$ 8,8 bilhões nas últimas 24 horas.

De acordo com os dados do Bybt, a liquidação em massa de posições compradas (long) ganhou força assim que o preço do BTC caiu abaixo de US$ 40 mil durante a madrugada. As quedas se intensificaram no início da manhã, quando o bitcoin chegou a bater uma mínima de US$ 31.600 que não era vista desde o final de janeiro.

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Desde então, o criptoativo conseguiu diminuir para 10% as perdas do dia e agora está sendo negociado a US$ 38.570 – cerca de R$ 210 mil no Brasil, segundo o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).

Já o Ethereum liquidou US$ 2,3 bilhões de traders nesta quarta ao sofrer uma das piores quedas diárias da sua história, atingindo uma mínima de US$ 2.092 na manhã.

A atual desvalorização de 22,7% do ether consegue ser pior que a do bitcoin e joga o preço do ativo para US$ 2.600 – a pior cotação em três semanas. Nas corretoras brasileiras, o ETH é negociado a R$ 14.200.

As liquidações do dia também foram altas entre as altcoins XRP (US$ 391 mi), Litecoin (US$ 253 mi), Dogecoin (US$ 241 mi) e Polkadot (US$ 230 mi).

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A exchange Huobi, popular entre os traders chineses, foi a que mais liquidou posições durante essa queda do mercado. Foi na corretora também que aconteceu a maior ordem individual do dia, na qual um único investidor liquidou US$ 67 milhões.

Neste tipo de operação, o trader opera alavancado, ou seja, “empresta” dinheiro da plataforma para maximizar os lucros durante uma negociação. No entanto, quando os preços dos ativos sofrem quedas e atingem um valor pré-determinado, as exchanges forçam a liquidação das posições compradas como forma de proteção.

Maio de quedas

A última liquidação dessa magnitude aconteceu na semana passada, quando a Tesla anunciou que deixaria de aceitar a criptomoeda como forma de pagamento. No entanto, as liquidações naquele dia foram de US$ 4 bilhões, ou seja, metade da quantia vista hoje.

Para somar aos problemas que o bitcoin já vinha enfrentando por conta das declarações polêmicas do Elon Musk, um pronunciamento de ontem (18) do governo chinês piorou ainda mais a situação da principal criptomoeda do mercado. 

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Os reguladores da China reiteraram que os bancos e demais instituições financeiras do país estão proibidas de oferecer a seus clientes serviços relacionados as criptomoedas.

Até o momento, o bitcoin está dando um retorno negativo de 32,1% no mês de maio, de acordo com os dados do Bybt. Se a moeda não recuperar seus preços até o dia 31, maio terá o pior desempenho mensal do bitcoin desde novembro de 2018.

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