Quando entrei no mercado em 2017 não havia fundos ou empresas com bilhões de dólares em Bitcoin, e não se cogitava como moeda oficial de algum país. Alguns meses depois, ocorreu a disputa pelo aumento do tamanho do bloco, apoiada por mineradores, exchanges, e até mesmo Roger Ver, um dos maiores defensores do Bitcoin.
Havia muita incerteza, e o processo de fork (divisão) era desconhecido. Portanto, muitos temiam pelo pior, o gasto-duplo ou um congelamento da rede por semanas. Mas isso foi em 2017!
Atualmente temos ETF no Brasil e Canadá, fundo Grayscale GBTC com 20 bilhões de dólares, Microstrategy, El Salvador, Fidelity, Stanley Druckenmiller, Paul Tudor Jones, Cathie Wood, atualização Taproot, Kraken com licença de banco, Coinbase listada, OKEx e Bitfinex com saques e depósitos em Lightning, e muito mais!
Mineração após ataque chinês
Abaixo temos os blocos encontrados na noite de sábado (26). O Bitcoin possui um dispositivo de segurança que reajusta a dificuldade de mineração a cada 2.016 blocos minerados. Portanto, mesmo que você derrube 70% deles, os demais vão ser suficientes para manter a rede funcionando.
Na ponta oposta, comprar mais máquinas de mineração não “acelera” a emissão de Bitcoin. O mecanismo irá aumentar a dificuldade e, no próximo, ajuste a rede irá compensar esse período de forma automática.
Nenhum Bitcoin confiscado
O governo chinês pode fechar contas bancárias, bloquear acesso à sites, AliPay, WeChat, ou sei lá o que. No entanto, qualquer cidadão pode enviar e receber Bitcoin usando satélite ou SMS. Não é necessário o uso da internet, nem conhecimento avançado em robótica.
Ao mesmo tempo, não há nada que nenhum governo ou empresa possa fazer para bloquear determinado endereço de transacionar na rede. Ou seja, o poder deles no Bitcoin é nulo. No máximo, criam uma “sobretaxa” para a compra e venda no mercado paralelo.
Um simples pendrive (OpenDime) pode carregar Bitcoin de forma segura para entrega física. Em resumo, nem energia elétrica precisa!
Rede Lightning está ganhando corpo
Os 12 mil nodes públicos com canais ativos da rede Lightning, a segunda camada do Bitcoin, já contam com uma capacidade total de 50 milhões de dólares. A população de El Salvador, que ultrapassa os 4 milhões de adultos, está adotando o sistema, capaz de realizar micro-transações de forma instantânea, e sem custo.
Enquanto as shitcoins abrem mão da descentralização em troca de agilidade, a rede Bitcoin segue basicamente inalterada desde sua criação, incluindo política monetária e mecanismo de consenso. Cada vez fica mais difícil argumentar que o BTC não é moeda, ou que não é escalável. Por isso, sigo muito otimista.