Imagem da matéria: Serviço de criptomoedas do Mercado Pago não vai permitir saques de Bitcoin e Ethereum
Mercado pago (Foto: Reprodução/Facebook)

O serviço de criptomoedas do Mercado Pago, empresa de pagamentos do Mercado Livre, não vai permitir que os usuários saquem os ativos para carteiras de fora do sistema.

Em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira (2), a empresa detalhou como será o sistema anunciado no dia 22 de novembro. A custodiante e fornecedora das soluções será a americana Paxos. Os ativos disponíveis serão Bitcoin, Ethereum e a stablecoin USDP (emitida pela Paxos).

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Neste primeiro momento, a empresa irá permitir apenas comprar, vender e reter criptomoedas dentro do sistema:

“É uma questão só de tempo [permitir saques], vamos depois permitir transferência entre wallets. Mas a prioridade era dar acesso ao investimento em criptomoedas”, disse na coletiva Osvaldo Gimenez, presidente de fintechs do Mercado Pago.

O serviço, que estará disponível nas próximas semanas, será acessível para todos os 20 milhões de usuários registrados na plataforma no Brasil. O mínimo para comprar será um real e a companhia irá cobrar uma taxa de 2% de cada transação.

“Temos uma grande missão de promover educação financeira no Brasil e mostrar o valor de entrar no mercado de cripto. Estamos trazendo confiança para esse processo, pois a Paxos é uma entidade regulada nos Estados Unidos”, afirmou Túlio Oliveira, vice-presidente do Mercado Pago, em entrevista coletiva.

Mercado Pago apresentou a interface do sistema de compra e venda de criptomoedas (Foto: Reprodução)

O executivo afirma que o mercado da América Latina tem um grande potencial por ser um local onde a população busca meios de se proteger contra a inflação, que é comum nos países da região.

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Sobre ter escolhido o Brasil para começar, mesmo sendo uma empresa argentina, Gimenez ressaltou a dimensão econômica do país para as operações odo grupo.

“O Brasil é o mercado mais relevante para o Mercado Pago hoje em dia, é o maior mercado. Também é o mercado com o público mais sofisticado da região”, disse.

Regulação do mercado

Perguntado sobre os projetos de lei que tramitam no Congresso sobre criptomoedas, Túlio Oliveira disse que a empresa acompanha de perto e é favorável que exista alguma regulação.

“Temos conversado bastante com os reguladores, para lançar esse produto. Acreditamos que regulação deve vir para trazer segurança ao usuário. Da mesma forma que regulação trouxe muita segurança para o mundo das instituições de pagamento, a gente acredita que para cripto algum nível de regulação vai precisar existir. Especialmente na entrada dos usuários”, disse o executivo.

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