O diretor de tecnologia da Ripple, David Schwartz, confirmou que a empresa poderia ser forçada a queimar seus bilhões em XRP se a comunidade desejasse. “Não haveria nada que Ripple pudesse fazer para impedir que isso acontecesse”, disse na quarta-feira (02) no Twitter, em resposta a uma pergunta.
‘Ikhor [Fiat-Limpator]’ havia entrado na conversa onde o tema era atualização de redes e o diretor da Ripple parabenizava a comunidade Ethereum pelo lançamento da Beacon Chain. Foi quando ele disparou: “Se os nodes, os validadores e a comunidade em geral se unisse e concordasse que seria melhor queimar os 50 bilhões de XRP da Ripple, isso seria possível?”.
Além de admitir que a queima teria que ser feita independentemente da vontade da Ripple, Schwartz explicou: “Os blockchains públicos são muito democráticos. Se a maioria deseja uma mudança nas regras, não há nada que a minoria possa fazer para impedi-la”.
A questão é por que a empresa que surgiu no Vale do Silício ainda não tomou tal atitude. Desde que a Ripple foi lançada, em 2013, já totalmente minerada, grande parte dos 100 bilhões de tokens ficou com as equipes de executivos e desenvolvedores.
Por esse motivo, o ecossistema Ripple é visto por muitos como uma rede centralizada. Ou seja, a maioria dos nodes validadores podem estar nas mãos da Ripple Labs, ‘detentora’ da rede.
Mesmo assim, o projeto tomou notoriedade em 2017 e permanece até hoje como um dos mais aptos a baratear e agilizar transações transfronteiriças.
Preço da Ripple
Na manhã desta sexta-feira (04), o XRP está sendo cotado no Brasil entre R$ 3,10 e R$ 3,15. A criptomoeda chegou a atingir quase U$ 1 em 24 de novembro.
O volume de negociação do XRP também aumentou. Na corretora eToro, por exemplo, houve um aumento de mais de 1.000%, o que mostra que os investidores de varejo aproveitaram a forte alta da criptomoeda nas últimas semanas.