Imagem da matéria: Santander do Chile recusa conta de corretora de criptomoedas por relação com golpe
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Um golpe de pirâmide de cerca de US$ 180 milhões que afetou quatro clientes da corretora de criptomoedas chilena Buda.com fez com que os bancos Santander e BICE se recusassem a manter suas contas no Chile. A empresa alega que não teve voz no julgamento para refutar o “abuso coletivo e o ataque à livre concorrência”.

Segundo o jornal Diario Financiero, em publicação no fim de novembro, a fraude que serviu de argumento dos bancos, teria sido perpetrada pela empresa de fachada ‘Terra Finance’, que usou a corretora para movimentar fundos. Prejudicados, os investidores entraram com uma ação que foi parar no Tribunal de Defesa da Livre Concorrência do Chile (TDLC). Agora tanto o Terra Finance quanto o Buda.com serão investigados.

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“Ao que parece seria um golpe da pirâmide internacional chamado Terra Finance”, disse ao jornal o gerente jurídico do Buda.com, Samuel Cañas. Ele garantiu que a empresa não tem relação com o suposto esquema.

No fim de novembro, o BICE e o Santander reafirmaram a recusa de abertura de contas para ao Buda. Enquanto o banco chileno diz que “operar com esta empresa é um grande risco”, o Santander alega que a corretora não dispõe de ferramentas técnicas nem para prevenir nem para monitorar esses tipos de ilícitos.

Conta de corretoras no Chile

Conforme o Diario Financeiro, Guilhermo Torrealba, gerente geral da Buda.com, as alegações não têm fundamento e estão sendo usadas para desviar o foco do problema das questões concorrenciais, desprestigiando as corretoras de criptomoedas. Segundo ele, a plataforma possui chaves dinâmicas no login, KYC com selfie e que IPs não cadastrados exigem confirmação por email.

Ele ressaltou que a empresa sempre cumpriu fielmente suas responsabilidades legais e que há mais de dois anos tem um modelo de prevenção ao crime, o qual foi devidamente certificado por empresa de auditoria no Chile.

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Sobre a Terra Finance

Conforme mostra um dos sites do Terra Finance encontrado pela reportagem, a suposta corretora parece oferecer um aplicativo de negociação de pares de moedas na modalidade CFD, que são os ‘contratos por diferença’. Há vários dominios com o mesmo nome em outros países alpem do Chile.

Trata-se do mesmo tipo de serviço oferecido pela IQ Option, condenado no Brasil pela CVM. Na Espanha, por exemplo, há cerca de um ano, o órgão regulador CNMV também publicou um alerta sobre a plataforma.

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