Rei do Bitcoin diz à Justiça que tem ansiedade e tenta evitar prisão comum

Penitenciária destinada a detentos que necessitam de tratamento médico e psiquiátrico
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Cláudio José de Oliveira, fundador do Bitcoin Banco (Foto: Reprodução)

Claudio Oliveira, o falso Rei do Bitcoin, foi transferido na quarta-feira (4) da custódia da Polícia Federal do Paraná, onde estava preso preventivamente desde o início de julho, para a Cadeia Pública de Curitiba, local em que os presos precisam ficar enquanto aguardam uma vaga no sistema prisional do Estado. Oliveira, no entanto, não quer ir para a prisão comum.

O falso Rei do Bitcoin disse, em petição juntada ontem ao processo que corre na Justiça Federal, que tem saúde debilitada, ansiedade e hipertensão. Por isso, falou, deveria ser enviado para o Complexo Médico Penal, penitenciária destinada a detentos que necessitam de tratamento médico e psiquiátrico. Foi lá que ex-presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (MDB-RJ), passou uma temporada.

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“O requerente faz uso de medicação controlada, em decorrência de tratamento médico que necessita por ter comorbidades relativas à hipertensão e ansiedade, os quais têm lhe causado desmaios, sangramentos e muitas dores desde quando foi preso, tanto que precisou por duas vezes receber atendimento emergencial do SAMU, o que evidencia a sua necessidade de receber tratamentos médicos adequados, os quais não são propiciados ao indiciado no local onde atualmente se encontra”, escreveu a defesa de Oliveira no pedido.

A solicitação de transferência ainda não foi avaliada pela Justiça.

Crimes e prisão

Claudio, sua esposa Lucinara da Silva Oliveira e outros integrantes do esquema foram presos preventivamente no início de julho, no âmbito da Operação Daemon da PF. Liderados pelo falso Rei do Bitcoin, eles são acusados de aplicar um golpe de R$ 1,5 bilhão em 7 mil pessoas por meio do Grupo Bitcoin Banco.

Na terça-feira (3), Oliveira foi indiciado pelos crimes de estelionato, organização criminosa, crime contra a economia popular, crime falimentar, crime contra o sistema financeiro e tentativa de embaraço às investigações. Lucinara e os outros envolvidos também foram indiciados.

O inquérito, conforme nota divulgada pela PF ontem, agora se encontra sob apreciação do Ministério Público Federal, que fará a análise dos elementos apresentados para oferecer uma possível denúncia.