Imagem da matéria: Reguladores debatem responsabilidade da OKX na lavagem de dinheiro do hack da Bybit
(Foto: Shutterstock)

Autoridades de países da União Europeia estão investigando o uso de um serviço da OKX para lavagem de parte dos R$ 8 bilhões roubados da corretora Bybit por hackers ligados ao governo da Coreia do Norte.

O tema foi debatido em Paris no dia 6 de março, durante reunião do European Securities and Markets Authority’s, entidade responsável por fortalecer a integridade do mercado financeiro europeu, conforme informações da Bloomberg.

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A questão se dá em torno do OKX Web 3, um serviço de carteiras autocustodiadas que a corretora afirma ser também uma plataforma descentralizada que dá acesso a diferentes blockhains. Os hackers norte-coreanos lavaram US$ 100 milhões por meio deste serviço, afirmou a Bybit. 

A discussão dos reguladores tem o objetivo de delimitar se o serviço da OKX Web 3 está no escopo do MiCA, legislação que regulamenta o mercado cripto na Europa e que está em vigor desde junho de 2023. A corretora tem sede nas Ilhas Seychelles e sua licença MiCA para atuar dentro da União Europeia foi obtida em Malta.  

Representantes da Áustria e Croácia defenderam na reunião que o serviço Web3 é abarcado pelas regras do MiCA, independente do serviço ser descentralizado. 

Algumas das evidências são de que a interface da OKX Web3 está diretamente integrada ao site da corretora e os termos de uso da plataforma afirmam que sua principal operadora é a OKX Singapura. 

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Outro ponto de debate é se o episódio também é uma violação ao conjunto de sanções que o bloco da União Europeia impõe à Coreia do Norte. 

Sobre a série de acusações, a OKX negou irregularidades e disse estar auxiliando no rastreio do dinheiro roubado. “As alegações de envolvimento da OKX na lavagem de qualquer quantia de dinheiro são imprecisas e absurdas. Estamos auxiliando a Bybit no rastreamento de endereços de carteira e bloqueando os necessários em tempo real”, disse a exchange em um comunicado enviado por e-mail à Bloomberg.

“Seguimos as leis locais, trabalhamos em estreita colaboração com os reguladores e respondemos às solicitações conforme chegam”, concluiu a empresa. 

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