As instituições nativas do mercado financeiro não são as únicas a estarem de olho nas potencialidades do PIX, o sistema de pagamentos instantâneos em desenvolvimento pelo Banco Central. A Claro, multinacional do setor de telefonia, é uma dessas companhias.
Embora não revele quem será o parceiro que permitirá seu acesso ao sistema, a empresa diz que já acompanha de perto o processo de implantação ao serviço. E para Mauricio Santos, diretor de soluções e produtos financeiros da Claro, quem não oferecer o PIX no mercado pode ser considerado uma carta fora do baralho.
“Quem não aderir ao PIX morreu no mercado. É questão de tempo que quem ficar de fora vai perder competitividade”, afirmou o executivo durante live promovida nesta quinta-feira (4) pela Matera. A empresa de tecnologia bancária tem assessorado clientes no processo de adesão ao PIX e organizado eventos periodicamente sobre o tema.
Por meio do PIX, Santos vê a Claro sendo capaz de fazer algo parecido com que oferecem empresas como Alibaba e WeChat na China por meio dos chamados “super apps”.
“Na Claro, como operadora que ‘tem o cliente na mão’, estamos de olho nas oportunidades para oferecer muito mais do que serviços telefônicos. Estamos identificando os melhores papéis que podemos ter para sermos protagonistas”, disse.
Expectativa com o PIX
Uma das grandes novidades do mercado de pagamentos no Brasil para este ano, o PIX promete revolucionar o setor. Além de tornar uma transação financeira tão simples quanto uma mensagem de WhatsApp, também deve fomentar a criação de novos negócios e produtos.
Segundo lista atualizada no último dia 28 de maio pelo Banco Central, 140 instituições já solicitaram adesão ao sistema de pagamentos instantâneos. O número final deve ser ainda maior, já que as inscrições terminaram somente em 1º de junho.
Além da Claro, outras instituições demonstram otimismo e expectativa com as potencialidades do PIX, cujo processo de implantação não foi afetado pela pandemia de coronavírus.
A implantação do PIX faz parte dos planos do Banco Central para criar um ambiente mais aberto, competitivo e inovador no mercado brasileiro. Ou seja, quem melhor se adaptar a ele vai colher os melhores frutos.
A composição gerada tende a beneficiar as fintechs, que possuem formatos mais enxutos e adaptáveis a grandes mudanças tecnológicas. A chegada do PIX deve ainda facilitar o ingresso de novos atores no sistema financeiro.
Próximos passos
De junho a outubro vão acontecer os testes de homologação do PIX com as instituições que tiverem a inscrição formalizada até o dia 1º de junho. Essa fase dura até meados de outubro e vai definir quem de fato terá o serviço disponível para seus clientes a partir de 16 de novembro.
Veja abaixo o cronograma, divulgado pelo Banco Central:
- 1º de junho: data limite para instituições solicitarem adesão ao PIX e participarem desde o lançamento (haverá nova oportunidade a partir de 1º de dezembro);
- 1º de junho a 16 de outubro: etapa homologatória e conclusão da etapa cadastral (documentos e informações devem ser encaminhados ao Departamento de Competição e Estrutura do Mercado pelo Protocolo Digital do BC);
- Junho: Divulgação dos regulamentos das plataformas operacionais (SPI e DICT);
- Julho: Divulgação do regulamento do PIX e manuais técnicos
- Novembro: lançamento do PIX para o público.
Além do PIX, outros dois assuntos que estão mexendo com o mercado financeiro no país neste ano são o Open Banking e o Sandbox Regulatório, tanto junto ao BC quanto à CVM (Comissão de Valores Mobiliários).
- Leia também: Fintechs relatam desafios e pressa para adaptação ao PIX, o novo sistema do Banco Central
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