Imagem da matéria: Quase US$ 6 bilhões em ether já foram queimados; migração para o Ethereum 2.0 se aproxima
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O mecanismo de queima do Ethereum está mais quente do que nunca à medida que a segunda maior rede de criptomoedas já destruiu mais de dois milhões em ether (ETH) desde que o mecanismo havia sido implementado em agosto de 2021.

Segundo o Watch the Burn, painel que monitora o mecanismo de queima, a rede destruiu um total de 2.001.190 ETH desde sua inicialização. Em termos de dólares, mais de US$ 5,7 bilhões foram removidos de circulação para sempre.

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Implementada na bifurcação drástica (ou “hard fork”) London, a EIP-1559, nome técnico para o mecanismo de queima, foi uma das diversas atualizações feitas à tarde.

Essa “Proposta de Melhoria ao Ethereum” (ou EIP) reformulou a estrutura de taxas da rede.

Em vez de todas as taxas pagas para executar diversas operações no Ethereum serem redirecionadas para mineradores, a EIP-1559 basicamente dividiu essas taxas em uma taxa base e em gorjetas (estas seriam redirecionadas aos mineradores).

A taxa base é “queimada” (outra forma de dizer que uma criptomoeda é destruída e removida de circulação).

Estrutura de taxas antes e depois da implementação da EIP-1559 (Imagem: ConsenSys)

Esse mecanismo de queima também fomentou o meme do “dinheiro ultrassonante”.

O meme indica que, quando existe uma alta na atividade do Ethereum, é possível que a destruição da oferta de ativos em circulação poderia ultrapassar a quantia emitida por meio de recompensas por bloco.

Isso cria um efeito deflacionário, pois existem cada vez menos ethers no mercado a serem comprados.

Durante um bate-papo recente durante o Camp Ethereal 2022, Joe Lubin, cofundador do Ethereum e CEO da ConsenSys, novamente relembrou que outra atualização irá colocar esse meme específico ainda mais em evidência.

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Ethers queimados e a “Camada de Consenso”

Junto com a bifurcação London, Ethereum também está se aproximando cada vez mais de sua maior atualização.

Recentemente renomeada para “Consensus Layer” (ou “Camada de Consenso”), a atualização Ethereum 2.0 irá melhorar a velocidade de transação da rede, diminuir custos e “enterrar o problema da pegada de carbono ou energética do Ethereum”, segundo Lubin.

A atualização irá migrar o Ethereum de um mecanismo de consenso proof-of-work (ou PoW), algo que a rede Bitcoin também usa para validar transações, a um modelo diferente chamado proof of stake (ou PoS).

O mecanismo mais recente é mais favorável ao meio ambiente, pois demanda menos poder computacional para atingir níveis comparáveis de segurança.

E não é só isso.

“Outra coisa interessante sobre a migração para o proof of stake é que proof of work exige muita emissão de ether [termo usado para descrever Ethereum, a criptomoeda, em vez de a rede] a fim de incentivar essas pessoas com intensa infraestrutura, emprestarem seus recursos e validarem transações na rede”, disse Lubin.

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“Então, se você tem uma infraestrutura muito leve, então é possível emitir bem menos ether por blocos.”

Menos emissão indica que haverá menos ethers distribuídos ao mercado.

Assim, além do mecanismo de queima implementado, o Ethereum estará “queimando mais ethers todos os dias do que o emitido, pois bem menos ether será emitido para assegurar a rede”, disse Lubin. “Então, o dinheiro ultrassonante está prestes a vir à tona.”

O lançamento de todas essas mudanças está previsto para “até o segundo trimestre ou, possivelmente, no início do terceiro trimestre”, de acordo com o cofundador.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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