Ilustração de correntes ilustradas com pequenos zeros e uns
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Como CEO e fundador de uma tokenizadora de ativos, minha jornada com a blockchain começou há anos atrás, quando percebi o imenso potencial dessa tecnologia e os benefícios que ela é capaz de trazer para a economia mundial, beneficiando diversos setores do mercado.

É justamente por isso que no artigo de hoje vou explorar os principais tipos de blockchains, suas características, aplicações e quando é mais adequado usar cada uma delas. 

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Decidi fazer um texto mais técnico e direto, mas sobre um tema fundamental. Principalmente no momento de tokenização da economia que estamos vivendo e por termos o Brasil liderando essas ações globalmente.

Blockchains Públicas

As blockchains públicas são as mais conhecidas, tendo como exemplos a do Bitcoin e do Ethereum. Ambas são descentralizadas, fato que permite que qualquer pessoa possa utilizá-la, seja como validador ou como usuário.

Além disso, elas não possuem uma entidade central que controle a sua rede, o que evita que haja um controle institucional. 

Vantagens:

  • Transparência: Todas as transações são visíveis e registradas em um livro-razão imutável.
  • Segurança: Por todas as transações serem registradas na blockchain e como as informações registradas nela não podem ser alteradas, isso demonstra a segurança que a rede possui.  

Desvantagens:

  • Escalabilidade: Em redes muito grandes, o tempo de processamento e as taxas de transação podem aumentar significativamente quando a rede estiver congestionada. 

Quando usar?

As blockchains públicas são ideais para casos em que a confiança e a transparência são primordiais, como em criptomoedas, sistemas financeiros descentralizados (DeFi) e plataformas de contratos inteligentes usadas nesses contextos.

Blockchains Privadas

Ao contrário das blockchains públicas, as blockchains privadas operam em redes fechadas, onde somente usuários autorizados podem participar. 

Essas redes são controladas por uma entidade central, que decide quem pode ter acesso e registrar informações na blockchain. Um exemplo popular de blockchain privada é o Hyperledger, utilizado em grandes corporações. 

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Vantagens:

  • Controle e Governança: A empresa ou organização tem controle completo sobre quem pode acessar a rede e como ela funciona.
  • Desempenho: Por serem restritas, as blockchains privadas podem lidar com um número maior de transações por segundo (TPS), o que melhora sua escalabilidade.

Desvantagens:

  • Menos descentralizadas: Não é necessariamente uma desvantagem, mas algo que precisamos estar atentos. O fato de haver uma autoridade central significa que a blockchain privada não é descentralizada igual a uma pública, visto que tem uma instituição no controle. 

Quando usar?

Blockchains privadas são melhores para ambientes corporativos, onde a privacidade, a eficiência e o controle são mais importantes do que a descentralização completa. 

Blockchains Permissionadas

As blockchains permissionadas são uma solução intermediária entre as públicas e privadas. 

Elas funcionam como uma blockchain privada, mas a gestão é distribuída entre várias organizações, em vez de estar centralizada em uma única entidade. 

Inclusive o Banco Central vem testando o uso da Hyperledger Besu, uma blockchain privada e permissionada para o desenvolvimento do DREX, o Real Digital brasileiro. 

Vantagens:

  • Descentralização parcial: Embora ainda exista um nível de controle, este é distribuído entre várias partes, reduzindo o risco de falhas ou manipulação.
  • Segurança e privacidade: As transações podem ser mantidas privadas entre os participantes da rede, ao mesmo tempo em que se aproveitam dos benefícios da tecnologia blockchain.

Desvantagens:

  • Complexidade de governança: Coordenação entre várias entidades pode ser mais complicada e envolver mais burocracia.

Quando usar:

  • Essa solução é excelente para indústrias onde a colaboração entre diferentes organizações é essencial, como no setor bancário, de seguros e em conórcios industriais.

Blockchains Híbridas

As blockchains híbridas são uma combinação de blockchains públicas e privadas. 

Elas permitem que uma organização tenha controle sobre parte da rede, enquanto outros aspectos são abertos ao público. 

Por exemplo, uma empresa pode usar uma blockchain híbrida para manter informações confidenciais privadas, enquanto permite que partes menos sensíveis sejam verificadas por uma blockchain pública.

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Vantagens:

  • Flexibilidade: As organizações podem escolher quais dados manter privados e quais compartilhar publicamente.
  • Escalabilidade e Desempenho: As transações podem ser mais rápidas e menos custosas em comparação com blockchains públicas, ao mesmo tempo em que mantém transparência quando necessário.

Desvantagens:

  • Complexidade: A combinação de duas estruturas diferentes pode resultar em desafios técnicos maiores.

Quando usar?

Blockchains híbridas são ideais para casos em que é necessário manter certas operações privadas, mas ainda há um desejo de se beneficiar da transparência e segurança das blockchains públicas.

Um exemplo seria em setores como saúde ou governos, onde a privacidade de dados é crucial.

Como avaliar o uso de determinadas blockchains?

Cada tipo de blockchain tem seu papel e aplicação, e a escolha de qual é a ideal para uma empresa, governo ou projeto depende das necessidades específicas de cada um, seja focando em priorizar a segurança, a descentralização, a privacidade ou a eficiência. 

Como fundador de uma tokenizadora de ativos que foca em tokenizar o mercado de crédito e de capitais, entendo a importância de escolher a blockchain certa para cada aplicação. 

O fato é que a tecnologia blockchain possibilita aplicação em diversos setores, e a mesma é capaz de trazer muitos benefícios, logo saber navegar por suas diferentes opções é essencial para acompanhar a evolução que estamos vivendo.

Sobre o autor

Daniel Coquieri é CEO da empresa de tokenização de ativos Liqi Digital Assets. Empreendedor do ramo da tecnologia, foi fundador da BitcoinTrade, uma das primeiras corretoras de criptomoedas do Brasil adquirida posteriormente pela Ripio.

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