Protocolo Blockchain Harmony: tudo o que você precisa saber

Emissora do token ONE pretende ser líder em cross-chain
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Foto: Shutterstock

O protocolo Harmony tem chamado a atenção da comunidade cripto, especialmente nos últimos meses. A criptomoeda nativa, $ONE, vem se valorizando bastante em função dos investimentos e das conquistas alcançadas pela plataforma.

Um dos fatos mais recentes a impactar o mercado foi a marca de mais de 2,2 milhões de transações diárias, atingida no último dia 9. O projeto é ambicioso, e muitos apostam em seu potencial de crescimento e de conquista de espaço dentro do ecossistema blockchain. Algumas das vantagens oferecidas são a velocidade de processamento e de execução das transações, com taxas mais baixas em relação a blockchains convencionais.

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A seguir, veremos mais detalhes sobre o funcionamento do protocolo Harmony, sua origem, suas características principais e quais os planos de crescimento num futuro próximo.

Harmony — o que é?

A Harmony foi fundada na Califórnia, EUA, por uma equipe de ex-FAANGs. Ela foi originalmente lançada na Binance Launchpad, em maio de 2019. A equipe de desenvolvimento atual conta com mais de 30 integrantes.

Harmony é um protocolo de sharding cross-chain. Essa tecnologia busca solucionar os problemas de escalabilidade enfrentados pelas blockchains, sem abrir mão da descentralização, através do “sharding”.

Esse mecanismo segmenta o trabalho entre indivíduos diferentes, abandonando o conceito padrão de uma blockchain linear na qual todos os nós processam 100% da validação. Essa estratégia traz consigo diversas complexidades, mas o protocolo é responsável por manter o controle da comunicação entre os nós e a segurança geral da operação. 

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O termo “cross-chain” se refere à função interblockchain do protocolo. Sua principal função é agir como uma ponte de ligação entre as diversas blockchains existentes, permitindo interoperabilidade, trocas de tokens e comunicação eficiente.

Funcionamento do blockchain

O whitepaper da Harmony pode ser acessado através deste link. A seguir, descrevemos o funcionamento dessa blockchain de forma mais simplificada.

A blockchain Harmony tem uma criptomoeda nativa, o token $ONE. O processo de validação segue um algoritmo PoS (Prova de Participação), que não permite a mineração tradicional, mas entrega velocidades bastante superiores. Um ciclo de validação na Harmony leva apenas dois segundos, o que significa transações rápidas e 100 vezes mais baratas que as da rede Ethereum, sem o problema dos congestionamentos.

O nome do mecanismo de consenso é “Fast Byzantine Fault Tolerance” (FBFT), de um tipo particular chamado EPoS (Prova de Participação Eficiente), devido à utilização de sharding. A diferença para o PoS tradicional é que, quanto maior o valor a ser colocado para staking, maior o número de nós que um indivíduo precisa rodar. Há uma distribuição aleatória e igualitária de stakes entre todas as shards, aumentando-se a descentralização da rede. 

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Com cerca de 800 nós atualmente, a rede aberta da Harmony é denominada “Pangeia”. Os nós são coordenados por esse processo de sharding, que fragmenta e divide as tarefas. Para cada validação, os nós são subdivididos em quatro grupos, ou shards.

Essa distribuição é aleatória e diferente para cada ciclo, conforme uma VRF (Função Aleatória Verificável) não-enviesada escalável. A etapa seguinte, responsável por recolher os resultados de cada nó e registrar o bloco completo, é chamada de resharding.

É graças a esse mecanismo de divisão mais igualitária das tarefas que fica assegurada a escalabilidade nos âmbitos de rede, armazenamento e processamento de transações. A rede também não enfrenta os desafios relacionados ao alto consumo de energia e impacto ambiental, associados à mineração das blockchains com consenso por PoW.

O papel da moeda $ONE

A criptomoeda nativa ONE está avaliada em cerca de R$ 0,13 na data de produção deste artigo. Dentro da blockchain, ela assegura o funcionamento do ecossistema ao servir como meio de pagamento para tarefas internas, como taxas de transação, armazenamento e “gas”.

Ela também possibilita o “staking”, ou participação pelo algoritmo EPoS. Por fim, a posse da moeda garante aos usuários o direito de votação no sistema de governança da plataforma, em influência proporcional à quantidade.

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Futuro da Harmony — estratégia e roadmap

A missão da Harmony é de se tornar a blockchain financeira cross-chain mais utilizada até o final de 2021, através da conclusão das seguintes etapas (descritas no site oficial da rede):

● Adoção: A equipe pretende alcançar mais desenvolvedores e parceiros, através da realização de workshops e hackathons.

● Interoperabilidade: a criação de novas aplicações em colaboração com a Ethereum e Bitcoin é vista como uma forma de aumentar a utilização da própria Harmony.

● Descentralização: Espera-se alcançar um crescimento da comunidade, com o aumento do número de nós. Isso permitirá uma governança descentralizada e estável a longo prazo.

Para os próximos 6 meses, os objetivos específicos a serem alcançados são: 1 milhão de usuários com US$ 1  mil em recursos: ganhar 20% de retorno fixo com as carteiras autenticadoras; 10 mil desenvolvedores novos em cripto: atender a 10 mil usuários com o API cross-chain; 100 DAOs em técnicas e ecossistema: governar recompensas de US$ 300 milhões.

Sobre o autor

Fares Alkudmani é formado em Administração pela Universidade Tishreen, na Síria, com MBA pela Edinburgh Business School, da Escócia. Naturalizado Brasileiro. É fundador da empresa Growth.Lat e do projeto Growth Token.

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