Imagem da matéria: Projetos que prometem 'matar' o Ethereum sofreram ainda mais em janeiro
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Janeiro foi brutal para o bitcoin (BTC) conforme preços caíram 20% desde o início do mês. Mas tão ruim quanto o desempenho do bitcoin foi o de outras criptomoedas no top 15 por capitalização de mercado, principalmente para os “Ethereum killers”.

Em janeiro, solana (SOL) perdeu 42% de seu valor em dólares, terra (LUNA) caiu 40% e avalanche (AVAX) foi enterrado por uma queda de 36%. O token de pior desempenho foi algorand (ALGO), que vale 43% menos do que no início do ano.

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Próximo ao topo, cardano (ADA) caiu 20% enquanto polkadot (DOT) conseguiu se dar bem, tendo perdido apenas 27% – quase a mesma queda sofrida pelo próprio ether (ETH).

Os chamados “Ethereum Killers” são blockchains que visam ser como a Ethereum – redes descentralizadas que hospedam aplicações e usam contratos autônomos para automatizar funções –, mas que, geralmente, são mais rápidos e menos caros de usar.

Com inovações desenvolvidas no Ethereum, como Finanças Descentralizadas (ou DeFi, na abreviatura em inglês), tokens não fungíveis (ou NFTs) e jogos baseados em blockchain se tornaram mais populares nos últimos 18 meses, existe uma crescente competição para usuários.

Já que redes mais novas não podem corresponder à aderência de usuários do Ethereum, competem com sua tecnologia.

Grande parte das redes usa modelos proof of stake (ou PoS) e, como consequência, transações são finalizadas bem mais rápido e a um preço bem menor do que geralmente seriam finalizadas no Ethereum, que sofre com o congestionamento da rede.

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E em 2021, o modelo parecia muito bom.

Solana, Avalanche e Terra

O Solana, por exemplo, terminou 2020 com US$ 26 milhões de volume diário e um preço de US$ 1,84, segundo dados do site CoinMarketCap. Mas fechou 2021 com US$ 1 bilhão em volume e um preço de US$ 178,52.

Durante o mesmo período, a quantidade de tokens SOL conectados aos protocolos DeFi da rede (incluindo corretoras, mercados derivativos e serviços de staking) dispararam de zero para quase 65 milhões de moedas (equivalentes a mais de US$ 11 bilhões), de acordo com o DeFi Llama.

Avalanche teve um impulso no segundo semestre de 2021, conforme seu preço subiu dez vezes, de US$ 11,13 em 1º de julho para US$ 114,16 em 13 de dezembro. Terra teve um caminho bem parecido, passando de US$ 5,73 para US$ 91,36 do terceiro para o quarto trimestre.

Grande parte desses ganhos foi apagada. Solana caiu abaixo de US$ 100, Terra está sendo negociada em US$ 51 e Avalanche está entre eles, a US$ 70.

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Apesar de grande parte da atenção do setor cripto estar na movimentação de preço do bitcoin (graças à sua dominância de mercado), conseguiu manter suas perdas abaixo de 20% após um decente final à semana.

Mesmo assim, foi o pior janeiro desde 2017, dando início ao que agora é chamado de “inverno cripto”.

No entanto, mercados estão demonstrando sinais de se recuperarem da queda. Além dos dados otimistas de preço para as principais moedas, a demanda de investidores também subiu um pouco – pelo menos para o bitcoin.

Segundo a empresa de gestão de ativos CoinShares, houve fluxos de entrada cumulativos a investimentos em ativos digitais (como o Bitcoin Trust da Grayscale e o ETF Bitcoin Futures da ProShares) nas duas últimas semanas.

Isso não vale para ether, solana ou outros ativos rastreados pela CoinShares. Quase US$ 27 milhões saíram de produtos de investimento em ether na semana passada e mais US$ 5,3 milhões e US$ 2,3 milhões deixaram o Polkadot e Solana, respectivamente.

A “matança” de janeiro continua.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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