A administração Biden publicou a “Estratégia dos Estados Unidos no Combate à Corrupção”, um documento inédito que apresenta as políticas anticorrupção do governo.

O documento define uma abordagem a nível governamental à corrupção sob cinco pilares.

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Mais especificamente, o terceiro pilar (que é sobre responsabilizar agentes corruptos) tem criptomoedas como alvo com uma nova força-tarefa do Departamento de Justiça (ou DOJ, na sigla em inglês).

“O DOJ irá utilizar uma força-tarefa recém-criada, a Equipe Nacional de Fiscalização de Criptomoedas, para focar especificamente em investigações complexas e ações penais do uso indevido e criminoso de criptomoedas”, afirma o documento.

A força-tarefa irá focar em “crimes cometidos por corretoras de moedas virtuais, serviços de ‘mixing’ e ‘tumbling’ e agentes na infraestrutura de lavagem de dinheiro”.

O documento confirma especulações feitas ao longo de 2021: que a administração Biden está levando a sério suas iniciativas em relação à indústria cripto para construir uma equipe sob medida para combater riscos.

Biden a indústria cripto

Há tempos que a administração Biden tem o lado sombrio da indústria cripto como alvo.

Em julho, a força-tarefa cripto da administração começou a virar manchete após uma reunião virtual com o Congresso Americano em junho.

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Na época, a ex-consultora de segurança nacional Anne Neuberget disse que a administração estava trabalhando para reprimir o uso de criptomoedas em atividades financeiras ilícitas.

Parte do motivo pelo qual a administração Biden está tão preocupada com cripto é o envolvimento da indústria em alguns dos ataques de ransomware de altíssimo nível deste ano.

Após os ataques de ransomware à Colonial Pipeline e JBS, o DOJ anunciou que iria elevar ransomware a um nível de prioridade similar ao do terrorismo.

No entanto, não é apenas sobre ransomware. Criptomoedas também prejudicam a eficácia do regime de sanções dos Estados Unidos ao dar a maus agentes um salva-vidas econômico.

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Com mais de nove mil sanções implementadas contra Estados párias, como a Coreia do Norte e o Irã, sanções se tornaram uma base das políticas estrangeiras americanas.

“Essas tecnologias oferecem a agentes malignos oportunidades de armazenar e transferir fundos fora do sistema financeiro tradicional. Também dão autonomia a nossos adversários que buscam desenvolver novos sistemas financeiros e de pagamento que pretendem diminuir o papel global do dólar”, afirmou o Departamento do Tesouro este ano.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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