PayPal responde ao Cade sobre operações ilícitas com criptomoedas

Empresa preferiu guardar sigilo de informações que entedia serem concorrencialmente sensíveis
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Foto: Shutterstock

Depois do PicPay e Pagseguro, eis que o PayPal apresentou na última quarta-feira (30) resposta ao questionário do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) no inquérito que visa apurar conduta anticoncorrencial de bancos contra empresas de criptomoedas.

As informações dadas pela empresa de pagamento estão sob sigilo.  Segundo consta no documento juntado ao inquérito administrativo na manhã desta quinta-feira (01), o Paypal pediu que o acesso às informações destacadas em cinza fosse restringido ao Cade.

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A única resposta que foi divulgada publicamente foi de que “o PayPal não possui informações adicionais que julgue relevantes para a instrução da presente investigação”. 

Razões do PayPal

A empresa afirmou que “permanece à disposição dessa d. Superintendência-Geral para prestar quaisquer outros esclarecimentos que se façam necessários”.

Quanto as questões sobre se a empresa já identificou operações ilícitas realizadas por corretoras de criptomoedas ou de informar sobre “as normas  de segurança e de rastreamento observadas por sua empresa em relação a transações realizadas por corretoras de criptoativos”, nada foi divulgado publicamente.

O PayPal afirmou que “se trata de informações concorrencialmente sensíveis” e pediu que essas respostas ficassem apenas entre a empresa e o órgão que regula a concorrência no mercado.

Outras respostas ao Cade

Além do PayPal, o Cade havia também oficiado o PicPay, GetNet, PagSeguro, Stone Pagamentos e Mercado Pago. O modo de o PayPal responder ao Cade foi semelhante ao do PagSeguro, que na última segunda-feira (28) também havia pedido sigilo de suas informações prestadas.

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A conduta do PicPay, porém, foi diferente. A primeira empresa de pagamentos que apresentou resposta ao inquérito administrativo do Cade, expôs publicamente que “até o momento não identificamos operações ilícitas realizadas por corretora de criptoativos”.

O PicPay, entretanto, afirmou que apesar disso já detectou “uma pirâmide financeira que tinha como fachada a operação de criptomoedas, o que foi devidamente reportado ao Coaf”. Diferente do PayPal e do PagSeguro, o PicPay ainda revelou sua medidas de segurança para se evitar lavagem de dinheiro e financiamento ao terrorismo.

Até o momento apenas três empresas de pagamento responderam ao questionário do Cade. O órgão ainda aguarda as respostas do GetNet, Stone Pagamentos e Mercado Pago.