A exchange OKX anunciou no domingo (29) uma parceria com a corretora brasileira Foxbit para viabilizar a compra de stablecoins da Tether (USDT) por meio de pagamentos com reais via PIX, o sistema de pagamentos instantâneos do país.
O produto se chama Foxbit Gateway, e conforme a assessoria de imprensa da exchange, trata-se de um conversor automático de moeda fiat — no caso o real — para o ativo desejado.
Para realizar a operação, o cliente do serviço precisa ter conta na OKX. O usuário faz o pedido de quantos USDT quer receber em sua conta da OKX e recebe o valor em reais que tem que enviar para pagar o pedido via PIX. Uma vez feito o pagamento, recebe os USDT instantaneamente na conta na OKX — a exchange internacional é o primeiro cliente da Foxbit Gateway.
A OKX optou por operar inicialmente por esse sistema apenas a negociação entre real e USDT. Mas a Foxbit afirma que o sistema já está pronto para ser aplicado a qualquer criptomoeda que tenha listada.
O CEO da Foxbit, João Canhada, disse ao Portal do Bitcoin que o produto “atende todas as regras vigentes no Brasil, de compliance e da receita federal da IN1888”.
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Segundo o executivo, a “OKX escolheu para esse primeiro momento o ativo USDT, para o lançamento, mas tem a sua disposição todas as outras”.
Canhada ainda ressalta que não é necessário ser cliente Foxbit para utilizar o serviço, “mas tem que estar aprovado pelo parceiro da Foxbit [OKX], seguindo as regras combinadas entre o Foxbit Gateway e o parceiro”.
Investimento
Em fevereiro deste ano, a Foxbit recebeu um aporte de R$ 110 milhões do OK Group, controlador da OKX. As empresas informamaram que os recursos serão usados principalmente para desenvolvimento de novas tecnologias, contratação de pessoas nos times de produto e tecnologia, e potenciais aquisições. A parceria também vai focar em estratégias para fortalecer a operação brasileira em liquidez e infraestrutura.
Na ocasião, em comunidado, a Foxbit afirmou que vem se posicionando como uma solução cripto multisserviços, não só para o cliente da exchange, mas também com entrada no mercado B2B e B2B2C, em consonância com o crescimento do segmento de criptomoedas.