Independentemente da volatilidade do Bitcoin, pagamentos com a criptomoeda estão aumentando gradativamente, segundo informações de executivos da Coinbase e da Bitpay. A informação foi compartilhada pelo Coindesk na segunda-feira (03).
O Coinbase Commerce, por exemplo, que é o aplicativo da gestora de criptomoedas, processou US$ 135 milhões no ano passado. Segundo um porta-voz da empresa, o crescimento foi de 600% em relação ao ano anterior.
De acordo com executivo da Coinbase, Sahil Amoli, a tendência é de crescer ainda mais, pois o foco da gestora para este ano é fornecer uma experiência mais completa aos comerciantes “criando integrações perfeitas”.
Bitpay e Bitcoin
Bill Zielke, diretor de marketing da Bitpay, também revelou os números obtidos através do provedor de pagamentos da empresa.
Segundo ele, em 2019 o aplicativo intermediou cerca de US$ 1 bilhão em transações com criptomoedas. De acordo com Zielke, as transações comerciais de maior valor são feitas na Europa e no Oriente Médio. Na liderança, o Bitcoin.
Pagamentos via Lightning Network
Conforme as palavras de Will Reeves, CEO da Fold — que trabalha com a rede Lightning Network — as transações por meio da solução também aumentaram.
Segundo ele, dos 2.000 pagamentos com criptomoedas realizados por meio da solução no fim do ano passado, 80% foram através da rede.
“Amazon, Starbucks e Sephora foram as marcas mais procuradas para o tipo de pagamento”, disse Reeves.
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Empresário prefere Bitcoin a dinheiro
“As pessoas não estão prontas para pagar com criptomoedas. Eles preferem mantê-las em vez de gastá-las”, disse o empresário Jean-Michel Daumas, dono de uma butique francesa que prefere bitcoin a dinheiro.
Daumas, que disse que se sente mais seguro em receber em bitcoin, acredita que ainda é muito cedo para descrever os pagamentos com criptomoedas como uma atividade rotineira ou moderna.
Segundo ele, nos últimos dois anos ele recebeu 90 pagamentos em BTC, cerca de quatro por mês. Os pagamentos, disse, vão para sua carteira física para ele ‘holdar’.
Lingerie e privacidade
A butique francesa de Daumas se chama Lola luna e é especializada no mercado de lingeries. Logo, sua loja é voltada ao público feminino; só que não.
Segundo o empresário, 80% das compras feitas com Bitcoin foram feitas por homens, o que sugere um certo cuidado para que tais produtos não apareçam no cartão de crédito.
“Talvez alguns compradores possam optar por pagar com bitcoin para que um “naked bra” ou um “lace collar set” (roupas íntimas) não apareçam na fatura do cartão”, disse.
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