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O que são criptomoedas e como funcionam?

Criptomoedas são tokens digitais que utilizam criptografia para sua criação e segurança. O Bitcoin foi o primeiro, mas milhares de outros surgiram

Imagem da matéria: O que são criptomoedas e como funcionam?
Foto: Shutterstock

Nos últimos anos, milhares de novas criptomoedas surgiram, todas alegando oferecer algo um pouco diferente. O Bitcoin foi a primeira, e seu valor subiu para cerca de US$ 20 mil no final de 2017, e depois despencou mais de 60% no início de 2018.

O Bitcoin levou três anos para retornar ao seu pico anterior e, no final de 2020, dobrou de valor em menos de um mês. Em 2021, grandes empresas passaram a investir, e notáveis céticos de Wall Street mudaram de ideia.

Agora em 2025, 1 Bitcoin vale mais de R$ 600 mil e está se tornando impossível ignorar as criptomoedas.

Mas vamos nos concentrar mais. O que são criptomoedas, como funcionam e por que as pessoas se interessam tanto por elas? Você está no lugar certo para aprender.

O que é criptomoeda?

Uma criptomoeda é um token exclusivamente digital. Ela utiliza criptografia (daí o nome abreviado, “cripto”) para regular como os tokens são criados, como são negociados e quão seguros são. E (aqui está o principal atrativo para muitos) não utiliza nem precisa de um banco central ou governo para controlá-los ou gerenciá-los.

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda, criada por uma pessoa (ou pessoas) usando o pseudônimo Satoshi Nakamoto, e foi descrita pela primeira vez em outubro de 2008 em um whitepaper que chamava o conceito de “Um sistema de dinheiro eletrônico ponto a ponto”. A blockchain do Bitcoin, a rede na qual o BTC é executado, foi lançada em janeiro de 2009. (Hoje em dia, existem muitas outras blockchains)

Em essência, as criptomoedas são:

  • Digitais: Criptomoedas são completamente nativas da internet. Você não pode tocá-las ou segurá-las fisicamente. (Sim, aquelas ilustrações de bitcoins como moedas de ouro físicas com um B podem ser enganosas.)
  • Descentralizadas: todas as transações de criptomoedas são armazenadas em uma lista pública e global ou livro-razão. Isso significa que os registros são armazenados em vários locais diferentes (nós) ao mesmo tempo.
  • Ponto a ponto: as criptomoedas são trocadas entre partes eletronicamente, sem a necessidade de uma parte central ou intermediário para aprovar a transação.

Como as criptomoedas são criadas?

A maioria das criptomoedas (mas não todas) gera novas unidades ou moedas por meio do processo de mineração. É nesse processo que indivíduos ou grupos (mineradores) usam computadores caros que correm para resolver quebra-cabeças criptográficos para verificar conjuntos de registros de transações (blocos) no livro-razão.

Os mineradores são recompensados por seus esforços com as novas moedas criadas. (Na blockchain do Bitcoin, a recompensa pela mineração é reduzida pela metade a cada quatro anos em um processo chamado ‘halving’ como uma medida para desacelerar a criação de novos bitcoins).

Como as criptomoedas estão sendo usadas?

Hoje em dia, há debates sobre se as criptomoedas realmente se comportam como moeda ou se são tratadas mais como commodities. (Alguns dizem que elas deveriam ser chamadas de “ativos digitais” em vez de criptomoedas.)

Mas as criptomoedas não foram criadas apenas para serem uma alternativa ao dólar ou ao real. Elas podem ser usadas para muitas coisas diferentes. Estes são apenas três exemplos daquelas que seguiram o Bitcoin:

  • Litecoin – a blockchain Litecoin foi criada em 2011 como um hard fork da blockchain do Bitcoin; seu criador, Charlie Lee, pretendia que fosse uma moeda de prata para o ouro do Bitcoin. Seu token é o LTC.
  • Ethereum – a blockchain Ethereum foi lançada em 2015 e foi projetada especificamente para alimentar aplicativos descentralizados (dApps) e contratos inteligentes em sua rede. Seu token é Ether ou ETH.
  • Filecoin – a rede Filecoin, lançada em 2020, permite que as pessoas aluguem espaço de armazenamento em computadores, como o Dropbox, para a web descentralizada. Seu token é FIL.

O Bitcoin foi inventado para ser uma forma de dinheiro digital, mas desde então as criptomoedas se tornaram mais sofisticadas.

A evolução das criptomoedas foi tão rápida que, para ajudar você a entender como ela evoluiu, criamos esta tabela para mostrar como algumas das maiores criptomoedas estão tentando resolver diferentes problemas.

(Reprodução)

Por que há tantas criptomoedas?

O Bitcoin foi a primeira criptomoeda e resolveu alguns dos principais problemas da criação de dinheiro digital. Mas não estava isento de falhas. Como resultado, desenvolvedores, empreendedores e programadores têm se dedicado a criar criptomoedas que atendam a uma variedade de necessidades e solucionem diferentes problemas.

Qual é o apelo das criptomoedas em relação às moedas emitidas pelo governo?

  • São semi-anônimas. Criptomoedas podem ser projetadas para que ninguém possa ver quem você é ou em que você está gastando suas criptomoedas — embora as transações associadas a um endereço de carteira sejam visíveis publicamente.
  • Não são controladas por um governo. Pessoas em países instáveis, onde as moedas são voláteis, podem usar criptomoedas como uma forma alternativa de comprar bens e serviços.
  • Não têm fronteiras. Assim como a internet, as criptomoedas podem ir a qualquer lugar.
  • São mais seguras. Livros-razão distribuídos são muito difíceis de hackear, pois não há uma parte centralizada no controle.
  • Transações são mais baratas e rápidas. Embora as corretoras de criptomoedas cobrem taxas para você comprar, vender ou transferir suas criptomoedas, as taxas tendem a ser muito menores do que o custo de transferir dinheiro entre fronteiras no mundo real — e as transações são verificadas muito mais rapidamente.
  • Podem ser usadas para executar contratos. As criptomoedas não são usadas apenas como uma forma de dinheiro. Elas podem ser usadas para armazenar contratos entre pessoas e executá-los automaticamente.

O futuro

Ainda estamos no início da era das criptomoedas. Muitas moedas surgirão e desaparecerão, e algumas se tornarão incrivelmente valiosas, enquanto outras poderão cair a zero.

Mas as criptomoedas como um todo, a tecnologia e a indústria ao seu redor, vieram para ficar.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.