O ano de 2020 foi marcado pela explosão do mercado DeFi, que cresceu principalmente por causa da supervalorização de tokens como Chainlink (LINK), yearn.finance (YFI) e Uniswap (UNI). No entanto, em 2021, outra categoria de criptoativos também está roubando a cena: a de NFTs (tokens não fungíveis).
Assim como as criptomoedas, os NFTs são ativos baseados em blockchain e criptografia. No entanto, esses tokens não são intercambiáveis entre si, como ocorre com o Bitcoin (BTC), por exemplo. Isso é proposital, já que eles representam algo único, como obras de arte, itens para jogos eletrônicos ou qualquer ativo digital colecionável e diferenciado.
Em suma, os NFTs criam escassez verificável no universo digital. Um artista pode elaborar obras digitais e vendê-las através desses tokens, de forma a garantir a sua autenticidade.
Mercado de R$ 15 bilhões
Há plataformas voltadas exclusivamente para a comercialização de NFTs, como é o caso da Rarible. Recentemente, a empresa capitalizou US$ 1,75 milhão em uma rodada de investimentos, de acordo com um comunicado.
O CoinGecko estima que a capitalização dos NFTs é de US$ 2,7 bilhões (cerca de R$ 15 bilhões). O líder do segmento é o token Flow, da Dapper Labs. Em resumo, o ativo é a moeda da blockchain Flow.
O token possui um valor unitário de US$ 19,96 (R$ 111) e uma capitalização total de US$ 459 milhões (R$ 2,5 bilhões). Em outras palavras, esse ativo representa sozinho 17% do mercado dos NFTs.
NFTs apelam à indústria do entretenimento
Os NFTs são úteis para qualquer desenvolvedor que deseja criar um item digital único. Por causa disso, a indústria do entretenimento está começando a investir pesado nesses criptoativos.
Nos últimos dias, a banda Daft Punk anunciou o término da sua carreira. Desde então, o grupo distribuiu NFTs baseados no seu trabalho para algumas celebridades, conforme a reportagem do Digital Music News.
A atriz Lindsey Lohan vendeu o token presentado pelos músicos no Rarible, faturando 8,8 ETH. A venda rendeu aproximadamente US$ 15 mil (R$ 80 mil) para a artista.
Além do setor musical, o mercado dos games também está de olho nos NFTs. A Atari, que é uma das companhias mais tradicionais do setor, criou o Atari Token. Tanto a empresa quanto outros desenvolvedores podem utilizar a tecnologia para criar itens únicos nos jogos eletrônicos.
Por meio do Atari Token, por exemplo, a Virtually Human Studio (VHS) está desenvolvendo um jogo chamado ZED RUN. Nele, os usuários podem cuidar, desenvolver e até mesmo comercializar cavalos de corrida digitais. Atualmente, comprar um cavalo sai, no mínimo, por US$ 40 (R$ 224), de acordo com o VR Scout.