Ministério Público contrata empresa para rastrear transações com criptomoedas

Segundo o MPF, contratação é para “sistema de identificação, monitoramento, rastreamento, pesquisa e análise de transações eletrônicas com uso de criptomoedas”
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(Foto: Shutterstock)

O Ministério Público Federal contratou a empresa Techbiz Forense Digital para realizar um monitoramento do uso de criptomoedas no país, segundo publicação feita no Diário Oficial da União em 24 de maio.

Segundo o extrato de contrato, o objetivo da contratação é a “subscrição de sistema para identificação, monitoramento, rastreamento, pesquisa e análise de transações eletrônicas com uso de criptomoedas e contratação de treinamento para o uso do sistema”.

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A publicação ainda aponta que o custo da contratação foi de R$ 429.990 e que a vigência do contrato entre MPF e Techbiz será de 16 de maio deste ano até 15 de maio de 2027.

Esta não é a primeira parceria do governo com a empresa, especialista em perícia e investigação forense digital, sendo que pelo menos 15 órgãos públicos, de 10 estados diferentes, compraram o Snap Sinapses Desktop, ferramenta de análise de dados que pode avaliar informações de perfis fechados em redes sociais e cruzá-los com bancos de dados sigilosos, segundo o site Intercept Brasil.

Porém, ligado ao mercado de criptoativos essa parece ser uma das primeiras parcerias entre governo e Techbiz, indo em linha com outros campos de atuação de órgãos públicos, que buscam maneiras de reduzir golpes e facilitar investigações em casos de fraudes.

Em novembro do ano passado, o Ministério da Justiça e Segurança Pública (MJSP) apresentou o Relatório de Recuperação de Ativos 2023, um estudo realizado pelo grupo de trabalho focado em desmantelar o fluxo financeiro de organizações criminosas no país e no exterior.

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No documento, há 11 propostas e cinco iniciativas efetivas para a criação de uma Rede Nacional de Recuperação de Ativos (Recupera), de âmbitos federal, estadual e distrital.

Uma das propostas defende a criação de um modelo padrão para apreensão, armazenamento e custódia de criptomoedas a ser seguido pelas polícias em operações de combate ao crime.