Imagem da matéria: Miami quer usar energia nuclear barata para atrair mineradores de bitcoin
Prefeito de Miami, Francis Suarez (Foto: Divulgação)

O prefeito de Miami, Francis Suarez, quer transformar a cidade em um novo lar para mineradores de bitcoin da China, país que nos últimos meses vem aumentando a repressão à atividade.

Em entrevista à CNBC na quinta-feira (17), o político falou que está em diálogo com a principal distribuidora de energia da região, a Florida Power & Light Company, para encontrar formas de tornar a eletricidade mais barata para os empresários do segmento:

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“Queremos ter certeza de que nossa cidade tenha a oportunidade de competir. Estamos conversando com muitas empresas de mineração e apenas dizendo: ‘Ei, queremos que você esteja aqui”.

Atualmente o gás natural é a fonte de energia mais utilizada no estado da Flórida. Em Miami, por exemplo, o custo médio de eletricidade é 10,7 centavos de dólares americanos por quilowatt-hora, um pouco abaixo da média nacional de 13,3 centavos, de acordo com uma estimativa do Bureau of Labor Statistics.

Para diminuir ainda mais esse custo, o plano do prefeito é aumentar o uso de energia nuclear, que além de mais barata é considerada “limpa”. A mineração geralmente é alvo de críticas de representantes de governos e de empresários por causa dos impactos ambientais associados à atividade.

Hub de criptomoedas

Além da energia, o prefeito disse que outra estratégia para tornar Miami mais atrativa é oferecer incentivos do governo por meio da criação de zonas empresariais focadas exclusivamente na atividade de mineração.

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Soarez imagina que as empresas instaladas nessas áreas poderiam usufruir de benefícios fiscais, reduções de barreiras regulatórias e uma infraestrutura de qualidade. Em contrapartida, a região ganharia investimentos e geraria empregos.

“Fomos uma das primeiras cidades do mundo a ter um data center, e um hub de mineração é muito semelhante a um data center. No entanto, não é algo que acontece da noite para o dia”, disse. O prefeito também admitiu que ainda não estabeleceu uma conversa direta com alguma mineradora chinesa.

À medida que o governo chinês intensifica a repressão à mineração de criptomoedas, diferentes partes do mundo tentam se tornar um refúgio para os mineradores, incluindo os Estados Unidos. 

No país, estados como o Texas, Wyoming e a Flórida se mostram muito receptivos aos mineradores. Além de oferecer uma energia barata, essas regiões tentam criar um quadro regulatório para tornar o território atrativo às diferentes iniciativas do setor.

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