A McAfee Labs, empresa americana de informática e softwares de segurança, divulgou nesta segunda-feira (12) a descoberta de um malware chamado ‘WebCobra’ que, segundo os pesquisadores, é mais um da família dos “cryptojacking”, programas que usam o poder computacional alheio para mineração de criptomoedas.
De acordo com o comunicado da empresa, o novo malware detectado é oriundo da Rússia e age silenciosamente em segundo plano deixando apenas uma pista de que algo na máquina está errado: a queda no desempenho do computador.
O aumento acentuado nos preços de algumas criptomoedas, principalmente no ano passado, foi o que inspirou uma nova onda de criminosos cibernéticos que usam malwares para roubar poder de processamento.
Eles têm sucesso principalmente em computadores não protegidos com antivírus, e geralmente mineram às escondidas as criptomoedas Monero e Zcash.
Brasil, África do Sul e EUA já têm indícios de infecção
Embora o malware tenha se originado na Rússia, os pesquisadores afirmam que ele já foi detectado em todo o mundo, sendo o maior número de infecções no Brasil, na África do Sul e nos Estados Unidos, diz o comunicado.
A McAfee Labs diz que o ‘WebCobra’ se instala silenciosamente sem que o usuário perceba. Ele foi programado para ser executado conforme circunstâncias:
“Esse malware de mineração de criptomoedas é incomum, pois descarta um minerador diferente dependendo da configuração da máquina que ele infecta”, disse a empresa, que explicou:
“Em sistemas x86, ele injeta o código da mineradora Cryptonight e registra todas as ações com ‘Process Monitor’ e nos sistemas x64, ele verifica a configuração da GPU, faz o download e executa o minerador Zcash da Claymore a partir de um servidor remoto”.
Os malwares de mineração de criptomoedas continuarão a evoluir à medida que os cibercriminosos se aproveitam desse caminho relativamente fácil para conseguir dinheiro.
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