Investidor celebrando
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As principais criptomoedas operam em alta nesta quarta-feira (30), mesmo com parte dos investidores ainda se mostrando cautelosos com as consequências do colapso da corretora FTX e o impacto dos contínuos protestos na China contra as restrições impostas pelo governo para evitar novos casos da pandemia de covid-19.

No Brasil, o mercado repercute a aprovação na noite de terça-feira da Lei das Criptomoedas pela Câmara dos Deputados. Após a votação, o texto segue agora para a sanção do presidente Jair Bolsonaro.

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Dessa forma, o Bitcoin (BTC) aponta alta de 2,2% nas últimas 24 horas, negociado a US$ 16.879, segundo o CoinMarketCap. Por aqui, a maior criptomoeda por valor de mercado é negociada com elevação de 1%, aos R$ 89.407, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).

Já o Ethereum (ETH) registra alta de 4,2%, valendo US$ 1.266. Entre as altcoins, as maiores elevações vão para UNI (4,2%), MATIC (3,1%) e XRP (2,5%). No terreno negativo, destaque para a queda de BNB (1,3%). A memecoin DOGE sobe 1,9% no dia, mas acumula ganhos de 30% nos últimos sete dias.

Lei das Criptomoedas é aprovada na Câmara

Em território nacional, os investidores devem acompanhar os desdobramentos da aprovação da Lei das Criptomoedas – desidratada de pontos polêmicos – após após sete anos de debates. Durante a sessão na Câmara, houve debate sobre modificações no texto. Ao final, o principal ponto controverso – a chamada segregação de patrimônio – acabou sendo barrado pela Casa.

Após a votação, a Associação Brasileira de Criptoeconomia (ABCripto) divulgou uma nota celebrando a aprovação do projeto, dizendo que ele garante mais um passo da sociedade brasileira no caminho da segurança e desenvolvimento do setor.

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“O Marco Regulatório é de extrema importância, pois estabelece regras claras quanto as responsabilidades das empresas e do regulador. A ABCripto acredita em um futuro muito promissor para a área e entende que é o primeiro passo de muitos que serão dados em relação a criptoeconomia no Brasil”, afirma a entidade.

A Lei das Criptomoedas define diretrizes regulatórias para nortear a regulamentação infralegal, a proteção e defesa do consumidor, o combate aos crimes financeiros e a transparência das operações envolvendo criptomoedas.

O texto traz regras e diretrizes tanto para a prestação de serviços relacionados a ativos virtuais quanto para o funcionamento das corretoras de criptomoedas

Conforme estipula o PL, o Poder Executivo criará normas alinhadas aos padrões internacionais para prevenir a lavagem de dinheiro, ocultação de bens, a atuação de organizações criminosas e o financiamento do terrorismo.

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Segundo a Lei, caberá aos órgãos apontados pelo Executivo autorizar o funcionamento das corretoras e definir quais serão os ativos regulados.

Tudo indica que esse regulador será o Banco Central (BC), como esperam os principais envolvidos nos debates legislativos, devido ao conhecimento técnico que o BC demonstrou sobre a área.

Preço do Bitcoin

No palco global, os investidores focam sua atenção nesta quarta nos protestos na China. “As pessoas estão nervosas agora”, disse John Peurifoy, cCEO da corretora de criptomoedas Floating Point Group, ao portal CoinDesk. “Elas estão nervosos sobre para onde vai o contágio, com quais contrapartes estão trabalhando. Eles podem colocar dinheiro em lugares diferentes? Eles vão perdê-lo? Portanto, o momento é de cautela”.

Peurifoy, do Floating Point Group, foi cauteloso ao prever quão baixo o preço do Bitcoin chegaria no atual ambiente de baixa. “Quantas peças mais vão cair?”, perguntou. “Quantas pessoas terão que vender cripto para obter liquidez? As pessoas estão retendo a venda se não precisarem, mas, ao mesmo tempo, algumas pessoas estão tendo que fazê-lo por causa de situações econômicas.”

O mercado também deve acompanhar dois depoimentos importantes hoje. O presidente do Federal Reserve, o BC dos EUA, Jerome Powell, deve fazer um pronunciamento hoje sobre a situação da economia americana. Recentemente, o Fed abriu a possibilidade de aumentos mais brandos das taxas de juros do país, mesmo reiterando seu compromisso de reduzir a inflação por meio do aperto monetário.

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Além disso, o infame criador da corretora FTX, Sam Bankman-Fried, deve fazer sua primeira aparição pública após o colapso da exchange. É esperado que ele participe via videoconferência, direto das Bahamas, de um evento promovido pelo jornal New York Times.

Notícias das criptomoedas

A maior corretora de criptomoedas do mundo, a Binance, anunciou a compra da Sakura Exchange BitCoin (SEBC), uma exchange cripto japonesa regulada pela Agência de Serviços Financeiros (FSA) do país. A quantia envolvendo a transação não foi revelada. Com a aquisição, a Binance ganha acesso ao restrito mercado japonês.

Na Coreia do Sul, as autoridades locais estão buscando um mandado de prisão para Daniel Shin, co-fundador do falido projeto Terra, segundo o serviço de notícias sul-coreano Yonhap. Shin é acusado de de obter lucros ilegais ao vender US$ 105 milhões da derretida criptomoeda LUNA durante uma alta do mercado sem informar os investidores.

Ele também enfrenta acusações de violar a Lei de Transações Financeiras Eletrônicas do país por usar dados de clientes da Chai, uma empresa separada que ele administrava, para promover LUNA e a stablecoin UST.

O outro fundador do Terra, Do Kwon, também teve um pedido de prisão emitido contra ele, mas desapareceu antes que pudesse ser localizado pela Interpol. Sua localização é atualmente desconhecida. Outros ex-funcionários importantes do Terraform Labs também foram proibidos de deixar o país.

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