Bitcoin e Ethereum fazem uma pausa no rali nesta quinta-feira (14) em busca de novos catalisadores, enquanto traders de ações aguardam mais dados de inflação nos EUA e reforçam apostas em cortes de juros na zona do euro.
Com o fundo de Bitcoin à vista da BlackRock já com US$ 15 bilhões sob gestão, o BTC mostra estabilidade em 24 horas, cotado a US$ 73.180,01, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC sobe 0,2%, negociado a R$ 367.449,51, de acordo com o Índice do Preço do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) recua 1,6% após a atualização Dencun, para US$ 3.980,20. Como esperado, as taxas nas redes de segunda camada já mostram uma drástica queda.
As principais altcoins operam com ganhos, entre elas BNB (+5,1%), XRP (+0,4%), Solana (+13,6%), Cardano (+5,9%), Chainlink (+3,7%), Avalanche (+6,4%), Polkadot (+6,3%), Polygon (+1,1%) e Shiba Inu (+4,1%).
Dogecoin, considerado o token de estimação de Elon Musk, avança 9,6% depois de o bilionário cogitar o uso da memecoin para a compra de Teslas “em algum momento”.
Gemini perde batalha contra SEC
Um juiz distrital dos EUA negou os pedidos da exchange de criptomoedas Gemini e da plataforma de crédito cripto Genesis para encerrar um processo movido pela SEC, a CVM dos EUA, relacionado ao programa de renda passiva Gemini Earn.
Na quarta-feira (13), o juiz Edgardo Ramos disse em uma ordem no Tribunal Distrital dos EUA para o Distrito Sul de Nova York que a SEC “alegou plausivelmente” que tanto a Genesis Global Capital quanto a Gemini Trust Company ofereceram e venderam valores mobiliários não registrados.
O juiz citou o Teste Howey e o Teste Reves, que estabelecem padrões para determinar se um ativo se enquadra nas leis de valores mobiliários.
“Esta é simplesmente uma decisão preliminar e estamos confiantes de que a Gemini acabará por prevalecer neste caso. O programa Gemini Earn não era em si um valor mobiliário e não envolvia a venda de quaisquer valores mobiliários”, disse Jack Baughman, diretor jurídico externo da Gemini e sócio-fundador da Baughman Kroup Bosse, em declaração enviada por e-mail ao The Block.
Crypto.com leva multa de US$ 3 milhões
A exchange Crypto.com foi multada em outubro passado pelo banco central holandês no valor de 2,85 milhões de euros (US$ 3,12 milhões), anunciou o regulador na quarta-feira (13).
A multa foi imposta à Foris DAX MT Limited (DAX MT), que administra a Crypto.com, por oferecer serviços nos Países Baixos sem registro no De Nederlandsche Bank (DNB), de acordo com o comunicado. A penalidade foi aplicada por um período de cerca de dois anos antes de a plataforma se registrar com o regulador em julho de 2023.
“A multa refere-se a um incidente passado e retificado e não afeta nossas operações ou serviços contínuos no mercado. Estamos desapontados e discordamos da decisão do DNB de multar a Foris DAX MT e estamos recorrendo ativamente desta decisão”, disse um porta-voz ao CoinDesk.
EUA investigam uso de criptomoedas por Hamas
O Departamento do Tesouro dos EUA investiga US$ 165 milhões em transações com criptomoedas que podem ter ajudado a financiar o Hamas antes do ataque do grupo militante contra Israel, em 7 de outubro, disse a agência em relatório ao Congresso ao qual o Wall Street Journal teve acesso.
Autoridades do Tesouro dizem que o uso crescente de financiamento com moedas digitais pelo grupo ressalta a necessidade de o Congresso aprovar novos poderes para supervisionar a indústria cripto, de acordo com a reportagem.
“Continuamos a avaliar que o Hamas e outros terroristas têm preferência pela utilização de produtos e serviços financeiros tradicionais, mas sigo preocupado com o fato de, à medida que cortamos o acesso ao financiamento tradicional, estes grupos recorrerem cada vez mais a ativos virtuais”, disse o vice-secretário do Tesouro, Wally Adeyemo, em uma carta a parlamentares que acompanha o relatório.
Outros destaques desta quinta
Fotos do influencer Ike Levy, ex-marido da cantora Luciana Mello, foram roubadas e usadas em um golpe na Austrália, segundo informações do jornal The Age compartilhadas pelo O Globo. Com as imagens, retiradas das contas de Facebook e Instagram do fotógrafo, os golpistas criaram o personagem Franklin Edward, que dizia ser engenheiro e convencia vítimas a depositarem dinheiro em sua conta.
Além de Franklin Edward, outros nomes foram usados pelos criminosos, como Carlos Michaelson, Mark Hillary e Mark Dugan. Marilyn Ayres, uma aposentada de 70 anos residente em Melbourne, chegou a transferir cerca de US$ 200 mil para os golpistas, a maior parte em bitcoins. Marylin foi outro alvo do chamado golpe do “abate do porco”, no qual as vítimas são seduzidas e convencidas a investir em criptomoedas.
Nos EUA, uma pessoa não identificada residente no estado de Massachusetts caiu no mesmo tipo de golpe e perdeu US$ 400 mil. Após rastrear os fundos, investigadores conseguiram identificar um total de US$ 2,3 milhões em criptomoedas roubadas de 37 vítimas de fraudes e golpes online, incluindo o valor da pessoa de Massachusetts. Na quarta-feira (13), o órgão equivalente ao Ministério Público do estado entrou com uma ação para devolver os fundos, de acordo com o CoinDesk. Os tokens foram apreendidos de duas contas da Binance em janeiro deste ano.
Um total de 134 países, que representam 98% da economia global, tem projetos para lançar versões digitais de suas moedas. Segundo estudo do think tank Atlantic Council, mais da metade desses países está em fase avançada de desenvolvimento, piloto ou lançamento das chamadas moedas digitais de bancos centrais, ou CBDCs, na sigla em inglês.
Todos os estados membros do BRICS – Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul – estão em estágios avançados, em contraste com os EUA, que ficam cada vez mais para trás também em relação a outras potências, como China, Europa e Japão, destaca o estudo.
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