O Bitcoin (BTC) permanece com o preço estável nesta quarta-feira (9), sendo negociado por volta de US$ 62.203, com leve queda de 0,5% no dia, segundo dados do CoinGecko. Em reais, o BTC sobe 0,2%, para R$ 345.448, de acordo com o Índice de Preço do Bitcoin (IPB).
Os números mostram que a “grande” revelação de quem seria Satoshi Nakamoto, prometida pelo documentário da HBO “Money Electric: O Mistério do Bitcoin” em sua estreia na noite passada, não foi tão grande assim.
O filme focou sua narrativa no desenvolvedor do Bitcoin Core, Peter Todd, levantando uma série de indícios que sugeriam ser ele o criador da criptomoeda.
No entanto, assim como em tentativas anteriores de desvendar a identidade de Satoshi, o documentário falhou em apresentar provas concretas. A maior parte da comunidade do Bitcoin rejeitou a teoria, considerando-a especulativa e baseada em suposições.
Pouco antes de o documentário ir ao ar na terça-feira, Todd escreveu no Twitter: “Eu não sou o Satoshi.”
Ainda assim, o documentário se destaca pela alta qualidade de produção e pelas entrevistas envolventes, aponta o Decrypt.
“Neste ponto do Bitcoin, já não importa quem é Satoshi”, disse ao site Samson Mow, ex-diretor de estratégia da Blockstream que aparece no documentário. “O Bitcoin cresceu além da necessidade de um criador.”
Para onde vai o preço do Bitcoin?
Os analistas da empresa de pesquisa e corretagem Bernstein reiteraram a previsão de que o Bitcoin pode atingir novos recordes históricos se Donald Trump vencer a eleição nos EUA no próximo mês.
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Uma vitória de Trump impulsionaria o preço do Bitcoin para US$ 80.000 e US$ 90.000, disseram os analistas em nota enviada hoje aos clientes, repercutida pelo The Block.
“Uma vitória de Trump seria incrementalmente positiva para o Bitcoin e os mercados de criptomoedas”, escreveram os analistas Gautam Chhugani, Mahika Sapra e Sanskar Chindalia. “No cenário de uma vitória de Trump, esperamos que o Bitcoin atinja um novo recorde (US$ 80K a US$ 90K), superando seu recorde anterior de US$ 74K.”
Os analistas da Bernstein acreditam que, a longo prazo, o Bitcoin terá um desempenho positivo, independentemente de quem vença a eleição, em razão das taxas de juros baixas nos EUA, dos persistentes déficits fiscais e dos níveis de dívida históricos do governo.
Desde que anunciou sua tentativa de reeleição, Trump mudou de narrativa. Deixou de fazer declarações como “Bitcoin é uma fraude”, como disse no passado, para abraçar o mercado e se lançar como presidente “pró-cripto”, com promessas de transformar os EUA em uma potência de mineração de Bitcoin, nunca vender o BTC em posse do governo, e nomear um presidente da SEC favorável às criptomoedas.
Leia mais: De “Bitcoin é uma fraude” a candidato cripto: como Trump mudou para agradar investidores
Kamala Harris, por sua vez, só recentemente fez sua primeira declaração relacionada a cripto, adotando um tom positivo.
Ela afirmou que vai incentivar o avanço de negócios com criptoativos, ao mesmo tempo que protegeria os consumidores. Afirmou também que os EUA deveriam se tornar “dominantes” em blockchain, e que os ativos digitais fazem parte de sua visão de uma “economia de oportunidades”.
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