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As ações das empresas de criptomoedas despencaram na terça-feira (25), à medida que os investidores digeriram dados econômicos decepcionantes dos EUA e se preocuparam com um ataque hacker bilionário a uma importante exchange de ativos digitais.

As ações das plataformas de negociação Robinhood e Coinbase fecharam em queda de 8% e 6,4%, respectivamente. A empresa de tesouraria de Bitcoin, Strategy, despencou mais de 11%, enquanto as mineradoras de Bitcoin, Marathon Digital Holdings e Bitdeer, caíram 9% e 29%, respectivamente.

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As quedas ocorreram após um movimento de retirada de investidores das criptomoedas e outros ativos de risco, refletindo preocupações com o risco de uma guerra comercial global, o aumento da inflação e incertezas macroeconômicas mais amplas.

Isso aconteceu apesar de Coinbase e a Securities and Exchange Commission (SEC) terem concordado na semana passada em encerrar a ação judicial do regulador contra a exchange, pendente de aprovação dos comissários. Desde então, o marketplace de NFTs OpenSea, a plataforma de negociação Robinhood e a exchange descentralizada Uniswap anunciaram que a SEC encerrará as investigações sobre cada uma delas sem ações punitivas.

O Bitcoin estava sendo negociado recentemente abaixo de US$ 89.000, com uma queda de 7% na última semana, de acordo com a provedora de dados cripto CoinGecko. A maior criptomoeda por capitalização de mercado caiu cerca de 17% desde que atingiu um recorde histórico acima de US$ 108.000 e chegou a quase US$ 86.000 nesta terça-feira.

Ethereum, Dogecoin, XRP e Solana também caíram acentuadamente no início da terça-feira, mas recuperaram parte do valor posteriormente.

Os mercados foram ainda mais abalados na última sexta-feira, quando a Bybit — a 14ª maior exchange de criptomoedas por volume diário de negociação, segundo a CoinGecko — sofreu um ataque, no qual hackers roubaram US$ 1,4 bilhão em Ethereum e tokens relacionados da plataforma de negociação.

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O ataque, que foi o maior hack de criptomoedas até o momento, ajudou a empurrar o Bitcoin para abaixo de US$ 90.000 pela primeira vez em três meses.

A inflação nos EUA aumentou, com o índice de preços ao consumidor (CPI, na sigla em inglês), uma medida amplamente acompanhada das tendências de preços, subindo em janeiro pelo quarto mês consecutivo. O CPI anual de 3% está acima da meta de longo prazo do banco central dos EUA de 2% de inflação — uma persistência que levou o Federal Reserve a reduzir seus planos para múltiplos cortes de juros em 2025.

As tarifas agressivas do presidente Donald Trump, que ele reconheceu que prejudicariam os consumidores, também abalaram os mercados.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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