Estão sendo dias difíceis para a maior criptomoeda do mercado, que segue em movimento de queda nesta quinta-feira (27), caindo mais 3,1% nas últimas 24 horas, para US$ 86.300. Em reais, o Bitcoin é negociado a R$ 503.482, segundo dados do Portal do Bitcoin.
Na noite passada, o cenário era ainda mais crítico à medida que o BTC atingia a menor cotação do ano, de US$ 82.455. Naquele momento, a criptomoeda acumulava perdas de 12,6% em apenas três dias — a maior sequência de queda no período desde a falência da FTX em novembro de 2022, de acordo com o CoinDesk.
Neste ritmo, o Bitcoin abre uma distância de 20% da sua máxima histórica de US$ 108,7 mil, atingida em 20 de janeiro deste ano, dia em que Donald Trump tomou posse como presidente dos EUA e reacendeu a confiança do mercado com seu discurso pró-cripto.
Nos últimos tempos, no entanto, uma série de fatores estão pressionando o preço de ativos de risco, incluindo temores sobre a inflação dos EUA, preocupações com a expansão de tarifas de Trump, desaceleração do movimento em torno da negociação de memecoins e o hack de R$ 8 bilhões na corretora Bybit na semana passada.
“Confusão sobre tarifas, incerteza quanto à perspectiva de taxas e lucros pendentes da Nvidia após o fechamento estão gerando ansiedade e sentimento de aversão ao risco”, disse ao Decrypt Strahinja Savic, chefe de análises da FRNT Financial.
“Dito isso, esses tipos de correções profundas são uma parte padrão dos mercados de alta do BTC”, acrescentou. “Tivemos uma grande retração em agosto, por exemplo, e depois quebramos acima de US$ 100 mil em novembro. O nível-chave a ser observado agora é a média móvel de 200 dias, US$ 81.700, e se o token quebrará abaixo disso.”
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Altcoins acompanham queda
O Bitcoin não está sofrendo sozinho nesta manhã em que o vermelho predomina no mercado cripto. A segunda maior criptomoeda do mundo, Ethereum (ETH), é o ativo que mais cai no top 10, desvalorizando 4,9% no dia, para US$ 2.372.
Outras altcoins populares, como XRP, BNB e Cardano (ADA) também registram quedas entre 1,6% e 2,7%.
Mas algumas criptomoedas conseguiram desviar das quedas generalizadas e apresentam ganhos nesta manhã, como é o caso da Avalanche (AVAX), que sobe 4,6%, para US$ 23,32.
A boa fase da moeda pode ser efeito do anúncio de ontem da Fundação Avalanche, que em parceria com a Rain, vai lançar um cartão de crédito baseado em criptomoedas, que permite aos usuários fazer compras com ativos digitais em qualquer lugar onde o Visa internacional seja aceito.
Segundo a entidade, o cartão vai estar disponível em regiões selecionadas da América Latina, como o Brasil, e nos Estados Unidos, com a disponibilidade se expandindo ao longo do tempo.
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