A semana começou com um cenário negativo para o mercado de criptomoedas, com praticamente todos os ativos registrando perdas nesta segunda-feira (27) e com o Bitcoin abaixo do importante patamar de US$ 100 mil.
Em queda de 6% nas últimas 24 horas, a principal criptomoeda do mercado está sendo negociada nesta manhã a US$ 98.442, o menor preço em quase duas semanas, de acordo com dados do CoinGecko.
Desvalorizações ainda mais acentuadas são observadas em outras criptomoedas, como Ethereum, que recua 7,4% no dia para US$ 3.053. XRP, Solana e Dogecoin apresentam quedas ainda mais expressivas, despencando cerca de 11% nas últimas 24 horas.
As quedas generalizadas do mercado desencadearam uma onda de liquidação que, apenas nas últimas 24 horas, já supera US$ 870 milhões, de acordo com dados da Coinglass.
O cenário contrasta com a segunda-feira passada, quando Donald Trump assumiu a presidência dos EUA e o Bitcoin alcançou um novo recorde histórico de US$ 108.789, impulsionado pelo otimismo do mercado em relação às políticas pró-cripto de Trump.
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Neste início de semana, no entanto, o Bitcoin recua com o restante das criptomoeda à medida que traders realizam lucros antes da primeira reunião do FOMC dos EUA neste ano, marcada para o final desta semana.
Traders não esperam sinais de corte de juros na reunião de dois dias do FOMC, marcada para 28 e 29 de janeiro, evento que geralmente impacta os preços do Bitcoin, pois influencia o apetite de risco dos investidores conforme as políticas anunciadas.
“Os dados econômicos dos EUA mostram que pode haver menos necessidade de um corte na taxa de juros federal no curto prazo”, disse Ben El-Baz, diretor-gerente da HashKey Global, ao CoinDesk. “As preocupações com guerras comerciais e tarifas permanecem, mas o sentimento de alta continua forte, com a MicroStrategy e a World Liberty Financial de Trump continuando a comprar criptoativos”, concluiu.
Além disso, o mercado financeiro também começa a se preocupar que a startup chinesa de inteligência artificial DeepSeek, de baixo custo, poderia desafiar significativamente o domínio tecnológico dos EUA.
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