As duas maiores criptomoedas operam com estabilidade nesta quarta-feira, 1º de novembro, em dia de decisão de juros nos EUA. Traders de ações temem que o banco central americano sinalize continuidade do aperto monetário, o que tira força dos contratos futuros dos EUA.
O Bitcoin opera no zero a zero em 24 horas, cotado a US$ 34.414,60, segundo dados do Coingecko.
Em reais, o BTC também anda de lado, a R$ 174.274,85, de acordo com o Índice do Portal do Bitcoin (IPB).
O Ethereum (ETH) tem baixa de 0,3%, negociado US$ 1.798,88.
As principais altcoins são negociadas no vermelho, com algumas exceções, entre elas XRP (+3,7%), Solana (+6,6%) e TRON (+2%). Em terreno negativo estão Cardano (-3,9%), Dogecoin (-4,1%), Toncoin (-2%), Polygon (-4%), Polkadot (-3%), Chainlink (-6%) e Shiba Inu (-3,5%).
Bitcoin hoje
As negociações de ativos de risco, como criptomoedas e ações, devem ser marcadas pela expectativa da reunião nesta quarta-feira (1) do Federal Reserve, o banco central dos EUA.
Apesar da expectativa de manutenção da taxa básica de juros, traders vão ficar atentos aos comentários do presidente do Federal Reserve, Jerome Powell, para buscar pistas sobre o rumo da política monetária e desempenho da economia americana nos próximos meses.
O recente rali do Bitcoin, que subiu 27% em outubro e liderou pelo segundo mês o ranking das melhores aplicações do Valor, voltou a despertar o interesse por investimentos em criptoativos. Segundo a Bloomberg, alguns consultores financeiros têm recomendado a compra da maior criptomoeda a clientes, embora com moderação.
A empresa de investimentos Bernstein agora está otimista e aposta que o Bitcoin pode valer US$ 150 mil até 2025, de acordo com análise publicada pelo Decrypt.
Os avanços dos planos de gestoras de ativos para o lançamento de fundos de índice (ETFs) de Bitcoin à vista foram o grande fator por trás da valorização do token no mês passado.
Uma fonte disse ao CoinDesk que a BlackRock, maior gestora de ativos do mundo, estaria negociando acordos com grandes formadores de mercado, os chamados “market makers”, para fornecer liquidez ao seu possível ETF de Bitcoin spot, que ainda aguarda aprovação de reguladores nos EUA.
Reservas da Tether
Relatório da Tether, emissora da USDT, maior stablecoin do mundo, destacou que os níveis de caixa e equivalentes de caixa da empresa representaram 85,7% de suas reservas totais no terceiro trimestre, um recorde.
A Tether observou que a “grande maioria” dessas reservas são títulos do Tesouro dos EUA, que correspondiam a US$ 72,6 bilhões em exposição direta e indireta.
A Circle, emissora da USDC, decidiu limitar o serviço de emissão da stablecoin por investidores de varejo, em linha com a estratégia adotada pela rival Tether.
“A Circle está descontinuando o suporte” para contas de pessoas físicas e notificou os consumidores sobre esta decisão, disse um porta-voz da Circle ao CoinDesk por e-mail. “O encerramento de contas não se aplica a contas empresariais ou institucionais do Circle Mint.”
Julgamento de Sam Bankman-Fried
Em seu depoimento na terça-feira (31), Sam Bankman-Fried (SBF), fundador da FTX, voltou a negar que bilhões de dólares de clientes haviam sido desviados até pouco antes do colapso da corretora cripto no ano passado, de acordo com trechos das respostas aos promotores compartilhadas pelo New York Times.
O ex-CEO, de 31 anos, se atrapalhou em encontrar uma resposta quando a promotora Danielle Sassoon perguntou repetidamente se ele havia dito a funcionários para não usar recursos de clientes da FTX em investimentos, imóveis caros e outras despesas. Bankman-Fried também não conseguiu identificar nenhum funcionário que pudesse ter autorizado o uso do dinheiro para esses gastos.
“Não me lembro de ter dado nenhuma orientação”, disse SBF três vezes sobre as despesas antes de concluir seu depoimento. As equipes de defesa e de acusação preparam as declarações finais nesta quarta-feira (1).
Acusado de uso indevido de fundos de clientes, entre outros crimes, Bankman-Fried pode pegar mais de 100 anos de prisão. Ele nega as acusações.
Tecban avança em piloto do Drex
O consórcio liderado pela TecBan para realizar testes do piloto do real digital, concluiu sua primeira emissão de token e transferência interbancária na plataforma que simula o Drex, de acordo com o Valor.
O consórcio inclui outras dez instituições financeiras e a transação em questão envolveu o Banco Arbi, Bradesco, Banco ABC, Inter e Itaú.
Outros destaques das criptomoedas
A registradora CSD BR fechou uma parceria com a Cboe Digital, braço de ativos digitais da bolsa de opções de Chicago, para desenvolver negócios com foco na tecnologia blockchain e tokenização de ativos no Brasil, já de olho no Drex, a moeda digital do Banco Central, segundo o Valor Econômico.
Nos EUA, a campanha liderada pela exchange Coinbase para conseguir adeptos que ajudem a pressionar congressistas a aprovar uma legislação para a indústria cripto dá resultados, segundo o CoinDesk. A ONG Stand With Crypto conseguiu 100 mil adesões nas primeiras semanas, sendo que 80 mil pessoas fizeram doações que já superam US$ 2 milhões, embora metade tenha vindo dos bolsos de Brian Armstrong, CEO da Coinbase.
A plataforma de carteiras cripto Backpack planeja lançar uma exchange “regulamentada” após obter uma licença da Autoridade Reguladora de Ativos Virtuais de Dubai. Enquanto isso, a BitGo recebeu o sinal verde para operar na Alemanha e a Bitfinex entrou na lista de exchanges não autorizadas no Reino Unido.
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