Mais de 40% da população de Cingapura possui alguma criptomoeda, mostra estudo

63 em cada 100 cidadãos têm conhecimento da tecnologia
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Foto: Shutterstock

“Há cinco décadas, Cingapura enfrentou desemprego severo, infraestrutura deficiente e escassez de moradias e hoje é uma das cidades mais habitáveis e desenvolvidas do mundo”. É como o Banco Mundial resume a cidade-estado em sua página. Tal premissa vai ao encontro de um outro dado revelado recentemente pela equipe de pesquisas da exchange australiana Independent Reserve, que concluiu que mais de 40% da população de Cingapura possui alguma criptomoeda.

Por meio da iniciativa ‘Independent Reserve Cryptocurrency Index’ (IRCI), a exchange vem fazendo anualmente uma observação dos australianos para examinar sua consciência e adoção das criptomoedas. O objetivo, segundo a entidade, é fornecer a pesquisadores e público em geral, dados e percepções sobre a indústria de blockchain.

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Em 2019, por exemplo, o IRCI viu dos australianos um índice de 42/100 e, em 2020, 47/100. Mesmo assim, bem abaixo dos resultados do ‘IRCI Singapore 2021’, cujo índice bateu 63/100, a leitura mais alta desde a criação da iniciativa.

A força das criptomoedas em Cingapura é grande ao ponto que mais de 90% dos cidadãos de Cingapura entrevistados conhecem ao menos uma dentre as milhares de criptomoedas, sendo o bitcoin a mais citada, mas não em sua maioria; apenas cerca de 16% deles. Contudo, pelo menos 7% desse mesmo grupo de pessoas acredita que o BTC é uma farsa. O IRCI ouviu mais de 1.000 pessoas, segundo o relatório.

Cingapura e as criptomoedas

Apesar da consciência sobre cripto pelos cidadãos, o mercado de criptomoedas em Cingapura ainda é relativamente pequeno. Segundo o Decrypt, o pico combinado dos volumes diários de negociação para as três principais criptomoedas de Cingapura é apenas 2% do comércio diário de títulos da cidade-estado.

Porém, o que se pode esperar de Cingapura hoje é de um lugar aberto ao setor de blockchain e criptomoedas que pode servir como um refúgio até então seguro em tempos turbulentos encabeçados pela China. Em Cingapura, o regulador não emite licença, mas também não proíbe empresas de atuar no mercado e têm sido generoso com elas.

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Para se ter uma ideia, a cidade-estado isenta as empresas de criptomoedas enquanto estão sob análise, como é o caso da Binance, uma das maiores exchanges do mundo.

Inclusive seu fundador e CEO, Changpeng Zhao, pode fazer as malas e se mudar para o país asiático — e isso já pode até mesmo ter ocorrido, já que em sua conta no LinkedIn, Cingapura está entre suas localidades. E não é à toa que por lá está também já está morando o fundador da Ethereum, Vitalik Buterin.

Na semana passada, a Big Four KPMG deu a Cingapura o primeiro lugar em sua classificação global de centros de tecnologia fora do Vale do Silício — pela segunda vez em dois anos —, ainda com informações do Decrypt.

A Crypto.com e a OSL, por exemplo, que são oriundas de Hong Kong, operam normalmente no país, assim como a Gemini, corretora dos irmãos Winklevoss, que está por lá desde o ano passado e deseja um quadro de 50 funcionários até o final do ano. 

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No ano passado, a bolsa de valores de Cingapura, Singapore Exchange (SGX), introduziu dois índices de criptomoeda — iEdge Bitcoin Index e o iEdge Ethereum Index — em parceria com a CryptoCompare, um site de benchmarking voltado ao setor com sede no Reino Unido.