Mais de 15% dos projetos de criptomoedas que captam recursos por meio de Ofertas Iniciais de Moedas (ICOs) têm sérios sinais de perigo, segundo levantamento do Wall Street Journal.
Um equipe do jornal analisou a documentação (whitepapers) de 3.300 projetos, lançados em 2017 e 2018, listados em plataformas que rastreiam tokens.
Descobriu, então, que 513 deles cometeram plágio, falsificaram as identidades dos fundadores ou prometeram retornos irrealistas, diz a reportagem.
Plágios
Para identificar plágios, a equipe procurou por duplicação de textos nos documentos. Foram identificados mais de 10.000 frases idênticas que apareceram mais de uma vez.
Equipes falsas
Os analistas compararam os nomes que constavam nas fotos dos idealizadores do projeto — geralmente disponíveis nos site de oferta — a publicidades anteriores vinculadas a eles, e ficou evidente a falta de detalhes para dar crédito àquelas pessoas.
Promessas irrealistas
A palavra-chave mais encontrada pela equipe foi ‘alto retorno’ e frases que indicavam que o investidor não corria risco de perder o seu dinheiro.
Uma análise mais profunda permitiu que a equipe percebesse um marketing bem agressivo.
Dos 513 projetos, mais de 30 já estão nas mãos do reguladores ou da justiça e mais da metade dos sites indisponíveis — a equipe tentou contato com todos e não obteve muito sucesso.
Operação varredura contra ICOs fraudulentas
A Comissão de Valores Mobiliários dos EUA (SEC) e outras autoridades não têm medido esforços para barrar projetos fraudulentos de criptomoedas.
Em maio do ano passado, a Associação Norte-Americana de Administradores de Valores (NASAA) deu início a uma força-tarefa contra esquemas fraudulentos envolvendo ICOs, criptomoedas e todos os produtos ligados a elas.
As séries coordenadas de ações de fiscalização foi de âmbito nacional e teve apoio de autoridades canadenses.
Apelidada de “Operação Varredura Cripto” (Cryptosweep, em Inglês), os membros da NASAA de mais de 40 jurisdições na América do Norte já tinham em mãos 70 casos investigados. Desses, 35 já haviam sido averiguados e confirmadas fraudes com ICOs.
Mais recentemente, nem a celebridade do boxe, o multicampeão Floyd Mayweather escapou da Justiça americana. Ele promoveu uma ICO considerada ilegal pela SEC e teve que prestar contas.
De acordo com a Agência, Mayweather não divulgou pagamentos recebidos de três emissores de tokens, o que totalizou US$ 300 mil, sendo US$ 100 mil recebidos pela Centra.
Embora ele não tenha se manifestado publicamente, concordou em pagar US$ 300.000 em restituição, uma multa de mesmo valor e US$ 14.775 de juros.
Há projetos sérios
Se por um lado há muitos golpes, por outro há projetos sérios e que dão certo. Foi o caso da Sirin Labs, que por meio de uma ICO lançou o Finney, um smartphone baseado na tecnologia blockchain.
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