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Liquidez das criptomoedas encolhe antes das festas de fim de ano

A taxa de crescimento do valor de mercado do USDT despencou dois terços desde novembro, sinalizando uma forte contração na liquidez do mercado cripto

moeda de bitcoin como enfeite de natal
Shutterstock

A liquidez do mercado de criptomoedas está se apertando à medida que uma métrica-chave de entrada de capital mostra uma desaceleração acentuada antes do período de festas.

A variação do valor de mercado da Tether (USDT) em 60 dias — a maior stablecoin do mundo — caiu de US$ 15,38 bilhões em 1º de novembro para US$ 4,83 bilhões na segunda-feira (16), segundo a plataforma de análise on-chain CryptoQuant.

Essa desaceleração brusca na emissão de novas stablecoins reflete uma contração mais ampla do capital disponível, indicando que o mercado está entrando em um regime de baixa liquidez e baixo volume típico do período natalino.

“Nas últimas semanas, a oferta de stablecoins ficou essencialmente presa na faixa de US$ 285 a US$ 290 bilhões, com alguns ativos, incluindo USDT, ocasionalmente mostrando leves quedas dentro desse intervalo”, disse Yaroslav Patsira, diretor fractional da CEX.IO, ao Decrypt. “Isso sugere que os fundos ainda estão no ecossistema, mas não estão sendo alocados de forma agressiva.”

Patsira apontou para as reservas de stablecoins nas exchanges — uma métrica de capital prontamente disponível — como evidência dessa cautela. As reservas recentemente atingiram a máxima histórica de US$ 80 bilhões, depois caíram 11% durante a recuperação do Bitcoin para US$ 94.000 e tiveram uma leve alta na venda desta semana.

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Embora “dry powder exista” — ou seja, capital disponível aguardando o momento certo para entrar no mercado —, disse Patsira, ele observou que “o capital está cauteloso, esperando preços mais baixos ou rotacionando no curto prazo sem comprometimento significativo”.

Como resultado, esse ambiente estabelece um teto claro para ganhos potenciais.

Para o Bitcoin, isso significa uma liquidez “ainda relativamente resiliente, mas enfraquecendo, com upside limitado sem nova demanda por ETFs ou expansão de stablecoins”, segundo Patsira.

O Ethereum e outras altcoins, que dependem ainda mais de rotação de capital e forte apetite por risco, são ainda mais sensíveis a condições apertadas, com investidores tendo poucas esperanças de que uma altseason, ou seja, um período em que altcoins sobem mais que o Bitcoin, aconteça no primeiro trimestre de 2026.

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O que vem a seguir para o Bitcoin?

A questão crítica é onde os preços irão se consolidar nesse cenário de baixa liquidez.

O Bitcoin pode continuar sendo negociado entre o “preço médio real” — atualmente em torno de US$ 81.000 — e o preço-base dos holders de curto prazo, de aproximadamente US$ 102.000, observou o analista da CEX.IO.

“A saída dessa consolidação pode ocorrer para qualquer direção”, disse ele.

Um rompimento acima do preço-base de curto prazo pode impulsionar uma movimentação rumo a novas máximas, como visto em meados de 2021, enquanto a incapacidade de manter suporte acima do preço médio real pode sinalizar um movimento baixista mais profundo, semelhante ao primeiro semestre de 2022.

Embora grandes pressões macroeconômicas, como a decisão de juros do Federal Reserve, tenham diminuído, o mercado deve continuar em uma tendência lateral e volátil sem uma injeção de capital novo e comprometido.

* Traduzido e editado com autorização do Decrypt.

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