A Kraken disse na terça-feira (23) que “distribuiu com sucesso” Bitcoin (BTC) e Bitcoin Cash (BCH) para clientes afetados pelo hack que derrubou a antiga exchange japonesa Mt. Gox há 10 anos.
“Já faz quase uma década que a Kraken foi escolhida pelo administrador para facilitar a investigação e a devolução dos fundos dos clientes”, disse o CEO da Kraken, Dave Ripley, em uma declaração no X. ”Foi nosso privilégio e nosso dever.”
Inicialmente, não ficou claro quanto a Kraken havia devolvido aos clientes da Mt. Gox como parte de seu papel. A Kraken não retornou imediatamente um pedido de comentário.
Isso marca um dos últimos capítulos a serem concluídos na saga da Mt. Gox, que levou anos para ser resolvida.
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A Kraken, como parte dos esforços para recuperar os usuários da Mt. Gox, tornou-se uma das cinco empresas encarregadas de devolver os fundos dos clientes a alguns dos 127 mil credores afetados pelo colapso de 2014.
Os credores estariam aguardando mais de US$ 7 bilhões em Bitcoin, Bitcoin Cash e distribuições de dinheiro de outras entidades encarregadas de mediar o processo.
As exchanges de criptomoedas designadas pelo espólio da Mt. Gox para devolver os fundos roubados aos antigos clientes incluem Bitstamp, SBI VC Trade, Bitbank e Coincheck.
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O momento exato em que os credores podem esperar receber seus fundos das outras quatro exchanges ainda não está claro. Elas também ainda não responderam a um pedido de comentário.
A Arkham Intelligence, empresa de análise de blockchain, disse na terça-feira que a Mt. Gox começou a transferir um total de US$ 2,85 bilhões em Bitcoin para novas carteiras cripto, com US$ 340 milhões desse valor indo para quatro endereços separados de propriedade da Bitstamp.
O espólio da Mt. Gox ainda detém cerca de 85.234 BTC avaliados em US$ 5,7 bilhões, segundo um post no X feito pela Arkham.
Embora alguns clientes tenham tido a sorte de receber seu Bitcoin, a polícia local japonesa conseguiu recuperar apenas 140 mil dos 850 mil ativos digitais roubados para pagar os credores.
Em 2021, foi aprovada uma proposta de reabilitação que prometia remunerar cerca de 90% dos ativos devidos aos clientes afetados.
Outrora a maior exchange de criptomoedas do mundo, lidando com mais de 70% de todas as transações de Bitcoin globalmente, a Mt. Gox entrou com pedido de falência em fevereiro de 2014 depois que hackers roubaram 850 mil BTC, no valor de US$ 56 bilhões com base nas taxas de mercado atuais.
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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