O ator de “Matrix”, Keanu Reeves, se tornou um fã de criptomoedas, chamando os ativos digitais de “ferramentas incríveis para trocas e distribuição de recursos”.
Em uma entrevista recente à ao portal Wired, para promover seu novo filme “John Wick 4”, Reeves disse que “as ideias por trás de uma moeda independente são incríveis”, acrescentando que “desprezar a criptografia ou a volatilidade das criptomoedas só vai torná-las melhores em termos de proteção”.
O filme “Matrix”, de 1999, no qual Reeves interpretou o herói Neo, foi um texto fundamental do cyberpunk que previu muitas das tendências tecnológicas emergentes hoje, da inteligência artificial (AI) ao metaverso. Portanto, não é surpresa que os fãs de Web3 estejam curiosos para saber o que Reeves pensa sobre criptografia e tecnologias relacionadas, como os NFTs.
O ator diz que está interessado nas implicações das tecnologias recentes, observando que “as pessoas estão crescendo com essas ferramentas: já estamos ouvindo música feita por AI no estilo do Nirvana e existem exposições artísticas de NFTs“
Embora admita que “é legal, tipo, olha o que as máquinas fofas podem fazer!” Reeves acrescentou que está preocupado com a “corporocracia que está tentando controlar essas coisas”.
Reeves explicou que recentemente tentou explicar a um adolescente que em “Matrix”, Neo está “lutando pelo que é real”, apenas para ser perguntado: “Quem se importa se é real?”
“Culturalmente, socialmente, seremos confrontados pelo valor do real, ou pelo não valor”, disse o ator. “E então o que vai ser empurrado para nós? O que vai ser apresentado a nós?”
As Revoluções do Metaverso
O ator tem se envolvido cada vez mais no espaço cripto nos últimos anos; após descartar a arte NFT como sendo “facilmente reproduzível” em uma entrevista para promover “The Matrix Resurrections”, ele se tornou um consultor da instituição de caridade de arte digital The Futureverse Foundation, que financia artistas que desejam entrar no espaço NFT.
A instituição de caridade, apoiada pelos projetos NFT Non-Fungible Labs e Fluf World, visa “tornar o metaverso acessível a mais pessoas, especialmente de origens desfavorecidas”, de acordo com a parceira de Reeves e colega consultora da Futurevese Foundation, Alexandra Grant.
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“Ajudei a organizar esse lançamento. Estamos tentando pegar essa tecnologia que interessa às pessoas e dar oportunidades a artistas com diferentes pontos de vista”, disse o ator.
Questionado se empresas como a Meta tornaram o metaverso suficientemente acessível, Reeves disse: “É como se eles tivessem criado mais terras. Há mais terras à venda. É criação de riqueza e é oportunidade.”
Mas ele permanece um tanto cético sobre o metaverso. “É um espetáculo”, disse. “E é um sistema de controle e manipulação. Estamos de joelhos olhando para as paredes das cavernas e vendo as projeções, e não estamos tendo a chance de olhar para trás. Ou para o lado”.
Em uma entrevista anterior, ele brincou: “Podemos simplesmente não ter o metaverso inventado pelo Facebook? O conceito de metaverso é muito mais antigo do que isso.”
A história cripto de Keenu Reeves
Reeves permaneceu um pouco distante do espaço criptográfico – ele disse uma vez que tem “um pouco de HODL”, depois que “um amigo meu comprou cripto para mim há algum tempo” e que não fez nada com esses ativos porque “não precisava.”
Em 2015, Reeves também narrou o documentário “Deep Web” – dirigido por Alex Winter, co-estrela de “Bill & Ted” – que contou a história de Ross Ulbricht, o fundador do mercado da dark web Silk Road.
Quando a Silk Road foi fechada, mais de 170.000 Bitcoins foram apreendidos pelas autoridades, no valor de mais de US$ 3,7 bilhões aos preços de hoje.
Em 2015, Ulbricht foi condenado a duas penas de prisão perpétua mais 40 anos sob a acusação de conspiração para lavagem de dinheiro, hacking de computador, tráfico de narcóticos e administração de uma empresa criminosa.
*Traduzido com autorização do Decrypt.
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