Imagem da matéria: JPMorgan é Processado por Cobrar Taxas na Compra de Criptomoedas
(Foto: Thomas Hawk/Flickr)

O JPMorgan Chase & Co está sendo alvo de ação judicial no tribunal federal de Manhattan, em Nova York. A instituição é acusada de cobrar uma taxa surpresa dos clientes que compraram criptomoedas após o banco (acompanhado de diversas outras instituições) proibir o uso de cartão de crédito na transação.

Segundo a Reuters, o processo – uma ação de classe nacional – foi arquivado na terça-feira (10). A porta-voz de Chase, Mary Jane Rogers, não quis comentar o processo, mas disse que o banco parou de processar as compras de criptografia no cartão de crédito em 3 de fevereiro por causa do risco de crédito envolvido.

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“Os clientes podem usar seus cartões de débito Chase para comprar moedas criptografadas de suas contas correntes sem incorrer em taxas de adiantamento de dinheiro”, disse.

Os clientes afirmam que, após a proibição do uso do cartão de crédito, o JP Morgan passou a lhes cobrar taxas extras e taxas de juros substancialmente mais altas sobre os adiantamentos em dinheiro. Além disso, o banco se recusou a reembolsar os clientes que reclamaram.

Não foi só o JPMorgan

A medida não foi tomada apenas pelo JPMorgan. Vários bancos na Grã-Bretanha e nos Estados Unidos, incluindo o Lloyds Banking Group, a Virgin Money e o Citigroup, proibiram o uso de cartões de crédito para comprar moedas digitais, após uma forte queda de preços.

No início do ano, o Bitcoin desvalorizou mais de 50% em relação ao pico – em dezembro, a moeda chegou a valer quase US$ 20 – em meio a preocupações regulatórias.

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O autor da ação é Brady Tucker, morador do estado de Idaho. Ele argumenta ter pagado US$ 143,30 em taxas e US$ 20,61 em juros surpresa em cinco transações feitas entre 27 de janeiro e 2 de fevereiro. O valor parece inicialmente pequeno, mas torna-se relevante ao considerar que centenas ou milhares de clientes também foram afetados.

A ação acusa a Chase de violar a U.S. Truth in Lending Act, lei que exige que os emissores de cartões de crédito notifiquem os clientes, por escrito, de qualquer alteração significativa nas cobranças ou nos termos.

O processo pede indenização de US$ 1 milhão. O valor, no entanto, não se não se limita ao caso de Tucker. Nos Estados Unidos, é possível montar ações coletivas: uma pessoa inicia o processo, que fica aberto a outros com o mesmo problema.

Leia também: Corretoras e Empresas Brasileiras de Criptomoedas Criam ‘Sindicatos’ Rivais para Negociar com Brasília

 

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