Imagem da matéria: Hillary Clinton diz que China e Rússia estão manipulando as criptomoedas
Ex-candidata ao governo dos EUA Hillary Clinton (Foto: Wikimedia Commons)

A ex-secretária de Estado Hillary Clinton alertou que os Estados Unidos devem agir para regulamentar criptomoedas perante à “manipulação” por agentes estatais e não estatais desses ativos e de outras tecnologias para desestabilizar o dólar.

Em entrevista a Rachel Maddow, apresentadora do MSNBC TV, Clinton fez seus comentários em meio a uma ampla conversa sobre estados como China e Rússia estarem “manipulando a tecnologia”, incluindo redes sociais, plataformas de tecnologia e criptomoedas.

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Clinton chamou a atenção para a “necessidade de regulamentar os mercados de criptomoedas”, destacando “a combinação de redes sociais, os algoritmos que direcionam as redes sociais, o acúmulo de quantias ainda maiores de dinheiro por meio do controle de blockchains específicos de criptomoedas”.

“Estamos analisando não apenas Estados, como a China ou Rússia, que estão manipulando tecnologia de todos os tipos a seu favor. Estamos analisando agentes não estatais, seja em conjunto com estados ou sozinhos, que estão desestabilizando países, desestabilizando o dólar como a moeda de reserva”, acrescentou.

Essa não é a primeira vez que Clinton alerta sobre ameaças à segurança nacional apresentadas pelas criptomoedas.

Na semana passada, Clinton havia afirmado que criptomoedas podem prejudicar o dólar americano, alertando que, “nas mãos erradas ou em aliança com as pessoas erradas”, cripto pode ser uma ameaça direta a Estados-nação e mercados globais.

Em meio ao alerta mais recente, Clinton pôs pressão para que a administração Biden tome medidas. “Existem tantas grandes questões que a administração Biden deve abordar. Apenas acho que não temos muito tempo”, explicou.

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Clinton, Biden e criptomoedas

A administração Biden já tomou diversas medidas em resposta a riscos de segurança nacional relacionados a cripto.

Em meio a grandes ataques de ransomware contra JBS e Colonial Pipeline, o Departamento de Justiça dos EUA (ou DoJ) anunciou que iria elevar ransomware (que, geralmente, exige por criptomoedas) a um nível de prioridade similar ao do terrorismo.

O presidente Biden criou uma força-tarefa contra ransomware, cuja tarefa é explicitamente combater ciberataques e rastrear pagamentos de ransomware com criptomoedas.

Em outubro, o Departamento do Tesouro Americano também alertou que criptomoedas prejudicam o regime de sanções dos EUA – um alicerce antigo das políticas estrangeiras do país.

Cripto e a segurança nacional

2021 destacou o crescente impacto das criptomoedas em questões de segurança nacional.

Em meio ao renovado conflito com Israel, Hamas (considerado como uma organização terrorista pelos Estados Unidos e outros) admitiu ter passado por um aumento nas doações em bitcoin.

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Empresas de inteligência apoiadas pela Rússia também usaram criptomoedas para interferir em eleições – algumas têm sede na capital de Moscow.

A extrema direita americana também recorre às criptomoedas. Andrew Anglin (fundador do site neonazista Daily Stormer) recebeu quase US$ 5 milhões em bitcoin desde janeiro de 2017.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização do Decrypt.co.

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