O governo americano pediu mais tempo na sexta-feira (29) para decidir sobre o segundo pedido de ETF de Bitcoin da Bitwise, empresa que gerencia fundos no mercado de criptomoedas. O pedido na Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC) havia sido feito em janeiro.
O veredicto dos reguladores americanos deve sair no dia 16 de maio. No documento, a SEC afirmou que iria “aprovar, rejeitar ou criar procedimentos para a rejeitar as mudanças de regras”.
A Bitwise estava confiante quando fez o pedido. De acordo com um comunicado de imprensa feito na época do pedido, o novo produto será listado na NYSE Arca, exchange subsidiária da Intercontinental Exchange. Sendo assim, a proposta era que o novo produto do ETF de bitcoin da Bitwise acompanhasse o índice BTC da bolsa.
No Twitter, a empresa mostrava-se animada:
“A Bitwise foi pessoalmente à SEC apresentar a declaração de registro inicial no Formulário S-1 relativa ao pedido de registro de um novo ETF”.
A empresa acreditava que, após quase um ano de pesquisa aprofundada, podia fornecer à SEC o tipo de informação e dados que a Agência indicou ter faltado na última análise.
A gestora disse que nesta oportunidade não deixaria dúvidas à Agência em relação a seu plano de prevenção a manipulação de mercado, assim como promover preços justos e liquidez.
Sobre isso, Matt Hougan, chefe de pesquisa global da Bitwise, discorreu:
“A SEC fez perguntas importantes sobre qualidade na criptoeconomia, a confiabilidade dos preços de criptomoedas, a segurança na arbitragem e na custódia. Nós passamos 2018 pesquisando essas questões e estamos ansiosos para discutir com a equipe da SEC em relação ao pedido de registro e listagem”.
John Hyland, diretor global de ETF da Bitwise, também se pronunciou. Ele disse que está muito esperançoso na aprovação.
“Embora não haja garantias e o pedido passe por revisões, estamos otimistas de que o ano de 2019 será o ano de lançamento de um ETF de Bitcoin”, disse Hyland.
SEC e o ETF de Bitcoin
No final do ano passado, Jay Clayton, presidente da Comissão de Valores Mobiliários dos Estados Unidos (SEC), disse que antes de se sentir confortável com um ETF de Bitcoin, deve haver uma melhora na vigilância e na custódia de criptomoedas.
Dado que maioria das exchanges de criptomoedas não usam as mesmas ferramentas de monitoramento, como fazem as bolsas de valores americanas tradicionais, Clayton afirmou que os investidores ficam sujeitos a não obter uma avaliação justa do preço do bitcoin.
“O que os investidores esperam é que a negociação da commodity subjacente ao ETF faça sentido e esteja livre do risco de manipulação. É uma questão que precisa ser tratada antes”, disse Clayton na Conferência Consensus Invest, em Manhattan.
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