A empresa-mãe do Google, a Alphabet, anunciou na madrugada desta sexta-feira (21) o lançamento da Google DeepMind, uma nova unidade focada em Inteligência Artificial (AI, na sigla em inglês) dentro da empresa que unifica suas duas equipes já existentes, a DeepMind e a Brain.
A medida “acelerará significativamente nosso progresso em AI”, escreveu o CEO do Google e da Alphabet, Sundar Pichai, em um blogpost que acompanhou o anúncio.
“Para garantir o desenvolvimento ousado e responsável da AI geral, estamos criando uma unidade que nos ajudará a construir sistemas mais capazes com mais segurança e responsabilidade.”
O CEO da DeepMind, Demis Hassabis, chefiará o novo grupo como CEO, enquanto o cofundador da Brain, Jeff Dean, atuará como Cientista-Chefe do Google e da Google DeepMind.
O primeiro projeto de Dean será “uma série de modelos de AI multimodais poderosos”, escreveu Pichai, enquanto Hassabis “liderará o desenvolvimento de nossos sistemas gerais de AI mais responsáveis e de maior capacidade”, que acabarão por ajudar a alimentar a próxima geração de produtos e serviços da Alphabet.
The phenomenal teams from Google Research’s Brain and @DeepMind have made many of the seminal research advances that underpin modern AI, from Deep RL to Transformers. Now we’re joining forces as a single unit, Google DeepMind, which I’m thrilled to lead! https://t.co/n2cpn91AOl
— Demis Hassabis (@demishassabis) April 20, 2023
Saudando os “avanços da pesquisa” alcançados pelas equipes DeepMind e Brain, Hassabis escreveu que “o trabalho que vamos fazer agora como parte desta nova unidade combinada criará a próxima onda de avanços que mudarão o mundo.”
DeepMind e Brain
Fundada em 2010, a DeepMind foi adquirida pelo Google em 2014. Os seus projetos incluem o AlphaGo, um programa de aprendizagem profunda que virou notícia em 2016 quando derrotou um dos jogadores de Go mais bem classificados do mundo, Lee Sedol. Seu programa AlphaFold é utilizado para prever modelos 3D de estruturas proteicas a partir das suas sequências de aminoácidos.
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A Brain, unidade de aprendizagem profunda do Google, foi fundada em 2011 no âmbito do Programa de I&D Google X. Ela tem contribuído para projetos que incluem o Google Translate e TensorFlow, uma biblioteca de software de código aberto que permite aos usuários treinar suas próprias redes neurais.
Investimento pesado
Como outros gigantes da tecnologia, como a Microsoft, o Google está investindo bilhões no desenvolvimento de tecnologias de inteligência artificial.
Em fevereiro de 2023, ele firmou uma parceria com um dos rivais do ChatGPT, a Anthropic, para desenvolver uma “AI confiável e responsável.” No mesmo mês, a empresa lançou o Google Bard, um serviço de AI conversacional que encontrou uma resposta mista, com funcionários abertamente chamando o produto de “constrangedor” e “um mentiroso patológico.”
Em uma recente entrevista, o CEO do Google, Pichai, argumentou que as preocupações em torno do desenvolvimento da AI são motivo de otimismo, argumentando que, “se comparada com qualquer outra tecnologia, já vi mais pessoas preocupadas com isso no início de seu ciclo de vida, então me sinto otimista sobre o número de pessoas que começaram a se preocupar com as implicações, o que mostra que as conversas estão começando de maneira séria também.”
*Traduzido por Gustavo Martins com autorização do Decrypt.
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