A gestora de multimercados O3 Capital, criada pela holding de investimentos Península Participações, que pertence ao empresário Abilio Diniz, possui cotas do ETF da Hashdex. Logo, o bilionário paulista de 84 anos também está exposto a criptomoedas como Bitcoin e Ethereum que compõem o Hashdex Nasdaq Crypto Index Fundo de Índice (HASH11).
Segundo o CIO da O3 Capital, Daniel Mathias, que falou ao Infomoney na última terça (27), a posição da gestora na cesta de criptomoedas é de apenas “perto de 0,25% do risco total do portfólio”. Ele acredita que não estar atento e aberto a compreender o potencial das novas tendências, ou seja, a criptoeconomia por exemplo, pode ser mais perigoso do que se expor aos poucos, como a empresa faz agora.
Gestor prefere Ethereum a Bitcoin
De acordo com o Infomoney, Mathias acrescentou: “Negar a existência das coisas é um convite para ser atropelado”. Em outro ponto, o diretor da O3 Capital — que tem um assento para Abílio Diniz, membro do conselho — se mostrou mais interessado no Ethereum do que no Bitcoin, o que segundo ele, está em conformidade com o que estudou até então sobre o mundo das criptomoedas. Ele “enxerga uma proposta de valor mais interessante na Ethereum do que no Bitcoin”, comentou o site.
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Assim como a exposição às criptomoedas, a O3 Capital também toma cuidado para não se expor muito no mercado brasileiro, pois, devido à percepção de que as oportunidades globais são mais atraentes, os investimentos locais feitos pela gestora não ultrapassam 10% do portfólio — “de 5% a 10% de risco”, descreveu a reportagem.
ETF de criptomoedas
O HASH11 da Hashdex é o primeiro ETF de criptomoedas da bolsa brasileira, desde que recebeu sinal verde da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) em março deste ano.
O produto está disponível para o mercado secundário da bolsa de valores e de balcão desde abril; em maio, o fundo bateu R$ 1 bilhão em captação. A cesta é composta por: Bitcoin, Ethereum, Stellar, Litecoin, Bitcoin Cash, Chainlink, Filecoin e Uniswap.