FTX não deverá ser relançada: “Custos são altos demais”

Segundo o advogado da empresa, o processo para reerguer a FTX é muito caro e arriscado, mas existe uma estratégia para que todos os clientes sejam pagos por suas perdas
martelo de juiz com logo da ftx ao fundo

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A equipe que supervisiona a reestruturação da FTX desistiu de tentar recomeçar ou vender a exchange depois de concluir que fazer isso envolveria um alto custo, segundo informações da Bloomberg.

Os consultores conduziram um processo exaustivo para encontrar investidores dispostos a reiniciar a FTX.com, mas ninguém colocou o dinheiro necessário para reanimar a exchange, revelou o advogado Andrew Dietderich.

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“Os custos e riscos de criar uma exchange viável a partir do que o Sr. Bankman-Fried deixou no lixo eram simplesmente altos demais”, disse.

Representantes da FTX foram ao tribunal nesta quarta-feira (31) buscando a aprovação de um processo para determinar quanto é devido a cada credor e cliente. O juiz de falências dos EUA, John Dorsey, decidiu que o valor a ser pago para cada cliente será definido sobre o quanto ele tinha a receber no dia em que a exchange entrou em recuperação judicial.

Alguns clientes da empresa já se queixaram de que usar os preços de criptomoedas do final de 2022 poderia acarretar em perdas diante da valorização dos ativos desde então. Porém, o juiz explicou que as regras de falência exigem que as dívidas de uma empresa estejam vinculadas à data em que ela entrou com o pedido de proteção judicial.

Ressarcimento dos clientes da FTX

Quebrada desde o fim de 2022 e em um processo de recuperação judicial, a exchange FTX deverá pagar todos os clientes afetados pelos bloqueios de saques, desde que comprovem as perdas, disse a empresa ao juiz que supervisiona o caso de insolvência.

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O advogado Andrew Dietderich explicou durante uma audiência nesta quarta-feira (31) que os consultores de reestruturação precisarão examinar todas as milhões de ações movidas contra a FTX para eliminar aquelas que não são legítimas.

Apesar da declaração, ele reforçou que não há ainda como ter certeza que tudo será devolvido: “Gostaria que o tribunal e as partes interessadas entendessem isto não como uma garantia, mas como um objetivo”.

Dietderich disse que “ainda há muito trabalho e risco entre nós”, mas que a companhia tem uma estratégia para poder chegar a esse objetivo de devolver tudo que seus clientes perderam.

O caso da FTX

Em novembro de 2022, o que até então era uma das maiores exchanges do mundo, a FTX, entrou em uma grave crise após a suspeita de que a empresa usava ilegalmente fundos de clientes.

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Após dias de pânico, um possível resgate pela Binance trouxe esperança ao mercado, mas no dia 9 de novembro a corretora chinesa desistia do negócio e fazia ruir de vez qualquer tentativa da FTX sobreviver. Dois dias depois, a empresa entraria com pedido de recuperação judicial nos Estados Unidos.

Hoje, todo o grupo FTX — incluindo a empresa irmã Alameda Research — está quebrado e seu fundador, Sam Bankman-Fried, está preso e condenado em sete acusações criminais.