O mercado cripto brasileiro vai ganhar um novo integrante nas próximas semanas. A plataforma global de derivativos EMX abriu um escritório no Brasil e aguarda pendências burocráticas para iniciar operações formais no país.
Desde maio de 2019, usuários da maior parte dos países (incluindo o Brasil) podem depositar bitcoin e outras criptomoedas e negociar contratos oferecidos pela exchange.
A gestão do escritório brasileiro da EMX, localizado em São Paulo, fica com Rafael Noguerol, que antes era gerente de comunidade e crescimento da empresa.
Segundo ele, a meta no país é expandir as operações e base de clientes, e abrir uma mesa de negociação balcão (OTC).
“Desde minha entrada traduzimos a plataforma, disponibilizamos suporte ao cliente em língua portuguesa, listamos dois contratos do mercado tradicional brasileiro (BRAZIL-60 & USDBRL) e agora com o escritório no Brasil esperamos aumentar nossa base de clientes e lançar nossa mesa de negociação OTC, para também facilitar a entrada de clientes locais na plataforma global”.
O produto citado por Noguerol está disponível no Brasil desde novembro passado e permite negociar o Índice Bovespa (IBOV) da bolsa de valores brasileira — B3 — utilizando bitcoin (BTC) com o garantia.
Halving e aquecimento do mercado
Noguerol não cita números, mas ressalta que o Brasil foi responsável por uma parte relevante do volume global da EMX nos últimos meses.
Essa movimentação, somada a uma expectativa de valorização do bitcoin devido ao halving previsto para maio, animam o representante da EMX quanto ao mercado brasileiro.
“Temos boas expectativas com a operação brasileira, inclusive por já termos clientes no país e por ser ano de halving, que olhando o passado é um período que o mercado sempre ‘esquenta’. A competição está cada vez maior, mas isso é bom pois obriga o mercado a amadurecer e se profissionalizar”.
A EMX foi fundada em 2017 por Jim Bai, ex-Citigroup, e Craig Austin, ex-AQR Capital Management, e está registrada na ilha de Bermuda. Lançou seu produto ao mercado em 2019 e recebeu US$ 1 milhão em investimento da Bain Capital Ventures e de Jaan Tallinn, cofundador do Skype.