O maior centro de negociação governamental de Dubai (DMCC), nos Emirados Árabes Unidos, emitiu, nessa semana, a primeira licença para negociação em criptomoedas. Considerada a maior zona econômica da Confederação, Dubai entra para um grupo ainda pequeno de regulamentadores de moedas digitais.
De acordo com o site Bloomberg, a primeira empresa a receber a licença foi a Regal Assets, que comercializa ouro e, desde o final do ano passado, agregou criptomoedas na corretagem. Com escritórios em Dubai, Estados Unidos e Canadá, a empresa oferece negociação em Ouro, Bitcoin, Ethereum, Bitcoin Cash, Ethereum Classic, Ripple e Dash.
Sanjeev Dutta, chefe de commodities da DMCC, informou que a licença serve para atrair novas empresas que comercializam em criptomoedas e assim regulamentar o mercado, já que a literatura econômica da região não permite o pagamento de impostos sobre o rendimento das empresas e trabalhadores em geral. Desta forma ampliar-se-ia o número de corporações multinacionais (14 mil empresas e 90 mil trabalhadores atuais na região) e aguçaria Startups sobre o assunto.
“A gente quer ajudar esse mercado a crescer, mas é claro que vamos analisar caso a caso. Temos muito a explorar, são vários tipos de projetos e nossa estratégia é a inovação.”
Wai Lum Kwok, diretor executivo da Abu Dhabi Market Authority, localizada na capital dos Emirados Árabes Unidos, mencionou nessa semana que a intuito é realizar um quadro regulamentar sólido e também adequado aos intercâmbios de criptomoedas, mas enfatiza que isso ainda levará um tempo, pois esperam discutir com Japão, Estados Unidos e outros países europeus de modo a evitarem arbitragens regulatórias.
Criptomoeda como Mercadoria
A DMCC é membro da Comissão Global Blockchain, uma iniciativa da Dubai Smart City, que atraiu 46 membros em todo o mundo. Franco Bosoni, chefe do Centro de Inovação, disse que agora existe um consenso geral sobre a definição global de criptomoeda, visto que a cada momento aparecem novos projetos. “A nossa verdadeira meta é fazer de Dubai a primeira ‘Cidade-Blockchain’ do mundo. Nós enxergamos a criptomoeda como um produto, pois seu preço é baseado na oferta e na demanda e ainda muitas são mineráveis, conotando, assim, a produção. Seus padrões são uniformes e não há diferenciação de outros produtos”, completou.
O fato é que à medida que crescem as negociações mobiliárias e imobiliárias em criptomoedas no mundo, como aconteceu há pouco tempo na própria Dubai, onde foram negociados 50 apartamentos de luxo com Bitcoins, a tendência é de que a maioria dos países coloque em pauta, mesmo que a passos curtos, uma recomendação de regulamentação.
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