Imagem da matéria: Diretor da Braiscompany é extraditado da Argentina para prisão no Brasil
Foto da extradição do diretor da Braiscompany (Foto: Polícia Federal)

A extradição de um ex-diretor da Braiscompany da Argentina para o Brasil foi confirmada pelas autoridades brasileiras nesta semana. O homem foi preso em Puerto Iguazu em junho do ano passado e entregue à Justiça do Brasil na quarta-feira (31). Algumas horas depois, já na madrugada do dia 1º de fevereiro, ele foi levado ao presídio do Serrotão, em Campina Grande. 

A Polícia Federal não divulgou o nome do homem preso, mas o jornalista paraibano Maurílio Junior afirma se tratar de Victor Hugo Learth. Ele foi um dos brasileiros presos na Argentina em junho de 2023, junto com Arthur Barbosa e Sabrina Lima. 

Publicidade

A extradição era iminente: em dezembro do ano passado, o Ministério Público da Argentina disse por meio de um documento oficial que a extradição era justificada pelo fato de que o brasileiro atuou como operador financeiro do esquema da Braiscompany.

O MP argentino explicou que o homem extraditado captou e desviou mais de R$ 4 milhões. Vídeos postados no canal do YouTube da Braiscompany em que ele aparecia divulgando a empresa serviram como provas de que ele atuava no esquema.

O acordo para enviá-lo ao Brasil, assinado pelo juiz titular do Juizado Federal de Eldorado, Miguel Ángel Guerrero, afirma ainda que as instituições que analisaram o pedido de extradição concluíram que as investigações apontam indícios de crimes, conforme as leis de ambos os países, que são puníveis com a prisão com duração maior do que dois anos.

O caso Braiscompany

A Braiscompany era uma empresa que prometia retornos fixos aos seus clientes por meio do suposto investimento em criptomoedas. O esquema pedia que a pessoa comprasse valores em Bitcoin e os enviasse para uma wallet da empresa.

Publicidade

Em dezembro de 2022 a Braiscompany parou de pagar os clientes. Em fevereiro de 2023, a pirâmide ruiu: o Ministério Público Federal abriu um processo penal contra Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos — casal fundador da Braiscompany atualmente foragido — e a Justiça autorizou pedidos de prisão preventiva.

Segundo a PF, nos últimos quatro anos, foram movimentados cerca de R$ 1,5 bilhão em criptomoedas em contas vinculadas aos sócios da Braiscompany.

O relatório final da CPI das Pirâmides Financeiras, aprovado de forma unânime, recomendou que o Ministério Público indicie o casal Antônio Neto Ais e Fabrícia Campos, que estão foragidos desde janeiro do ano passado, quando entraram de carro e com passaportes falsos na Argentina.

VOCÊ PODE GOSTAR
homem segura com duas mãos uma piramide de dinheiro

Vítimas de pirâmides e usuários de bets compartilham traços psicológicos, revela CVM

Pessoas expostas a propagandas de sites de apostas apresentam uma maior tendência a investir em esquemas de pirâmide financeira, diz estudo
Imagem da matéria: Ripple faz parceira para viabilizar pagamentos instantâneos entre Brasil e Portugal

Ripple faz parceira para viabilizar pagamentos instantâneos entre Brasil e Portugal

A parceria da Ripple com a Unicâmbio cria um novo corredor de pagamentos transfronteiriços entre Portugal e Brasil
moeda de bitcoin com bandeira do brasil ao fundo (2)

O estado atual da regulamentação das criptomoedas no Brasil 

Veja as atualizações mais recentes da regulamentação do mercado cripto brasileiro, incluindo as consultas públicas do Banco Central e da Receita e o PL que envolve a segregação patrimonial
Phelipe de Moura Ferreira Mianmar pos apara foto

Brasileiro traficado na Ásia era forçado a se passar por modelo para dar golpes cripto 

O brasileiro Phelipe de Moura Ferreira usou seu perfil no Instagram para contar com sobreviveu nas mãos de criminosos