A semana está sendo muito positiva para as criptomoedas do metaverso que viram seus preços irem às alturas após o Facebook mudar o seu nome para “Meta” uma tentativa de dar uma cara nova para a empresa imersa em polêmicas.
De forma indireta, o plano do Facebook de “trazer o metaverso à vida” ajudou a Decentraland (MANA) a valorizar pouco mais de 250% na semana, segundo o CoinMarketCap.
O preço do ativo cresceu tanto que chegou a bater uma nova máxima histórica de US$ 4,69 no sábado (30), sendo que em 1º de outubro a sua cotação não passava de US$ 0,69. Neste domingo (31), o token recuou para US$ 2,76, mas continua acumulando um ganho de 272% no mês.
A MANA é a criptomoeda nativa do jogo Decentraland, uma plataforma de realidade virtual construída sobre a blockchain do Ethereum que permite aos usuários construir em terrenos virtuais em formato de NFT e, posteriormente, negociá-los no mercado global.
O jogo foi criado na Argentina em 2015, mas foi lançado ao público apenas no ano passado. A criptomoeda MANA já circula há alguns anos, mas na maior parte do tempo manteve seu preço abaixo de US$ 1. Em maio, o ativo atingiu um topo histórico de US$ 1,56, que foi logo superado pelo desempenho extraordinário da última semana.
O que é o metaverso?
O anúncio do Facebook (agora Meta) na quinta-feira foi um sinal claro de que a empresa quer se estabelecer como um dos principais desenvolvedores do metaverso, mas o ‘metaverso’ em si não é uma invenção do Facebook.
O metaverso descreve uma nova encarnação da internet, onde as superfícies bidimensionais da web de hoje foram substituídas por ambientes imersivos de realidade virtual 3D.
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O metaverso proposto pelo Facebook em seu discurso de abertura será um lugar de interação social e comércio. Ambientes virtuais podem incluir salas de reuniões ou exercícios. A recreação pode assumir a forma de compras online em 3D, jogos ou eventos de música ao vivo.
Considerando que a comunidade cripto foi pioneira em inserir ativos digitais fungíveis e não fungíveis em contextos de mundo aberto 3D, a exemplo do que faz hoje projetos como Decentraland e The Sandbox, é natural presumir que as criptomoedas terão um grande papel no metaverso daqui para frente.
A própria apresentação do Facebook reconheceu o papel que os NFTs irão desempenhar em seus designs de metaverso.
No entanto, John Carmack, o CTO do Oculus, filial do Facebook focada em hardwares de realidade virtual, esclareceu em um discurso no YouTube que a incorporação da criptomoeda no metaverso do Facebook provavelmente será limitada.
A comunidade cripto geralmente entende o metaverso como um coletivo de protocolos online que são todos interoperáveis, com a blockchain sendo a tecnologia que torna tudo isso possível. Alguns pensam que a tentativa do Facebook de criar o metaverso por si só está em desacordo com essa visão.
Ainda assim, os investidores têm apostado alto no metaverso desde o anúncio de quinta-feira. Se o Meta abraça o mundo cripto ou não, não vem ao caso. A questão é que o metaverso agora é uma palavra da moda, o que significa que as criptomoedas certamente terão um papel de uma forma ou de outra do no futuro do mundo da tecnologia.
*Traduzido e editado com autorização da Decrypt.co