Celular com o logo da CVM e notebook aberto no site da Comissãod e Valores Mobiliários
Shutterstock

Tokenizadoras brasileiras estão recebendo nos últimos dois meses comunicações oficiais da Comissão de Valores Mobiliários (CVM) para que esclareçam quais tokens estão sendo emitidos e como eles são classificados: se são valores mobiliários ou “utility tokens” tokens que dão direito a um serviço específico ou que possuem uma funcionalidade determinada dentro de uma plataforma.

Conforme apurou o jornal Valor Econômico, uma fonte com conhecimento desses processos disse que as tokenizadoras já receberam de duas a três notificações desde janeiro do ano passado. 

Publicidade

Em resposta ao Portal do Bitcoin, a CVM diz que o trabalho de comunicação com instituições do ecossistema cripto que potencialmente atuem com valores mobiliários faz parte da supervisão temática indicada no Plano Bienal de Supervisão Baseada em Risco (SBR) 2023-2024. 

“A CVM vem estabelecendo contato com instituições do ecossistema cripto que potencialmente atuem com valores mobiliários com o objetivo de aprofundar seu entendimento sobre o papel e a estrutura dessas instituições e as características dos ativos negociados”, disse a entidade.

Segundo a comissão, esse trabalho vem sendo conduzido pela Superintendência de Supervisão de Riscos Estratégicos (SSR). “A atuação da SSR fortalece o conjunto de iniciativas do regulador nessa frente e será fundamental para atualizar a CVM sobre o funcionamento desse ecossistema, a partir de informações coletadas diretamente dos participantes, para identificar o seu potencial inovador, sem prejuízo de seu mandato legal de disciplinar e fiscalizar as atividades do mercado de valores mobiliários”, aponta a CVM.

A tokenizadora Liqi confirmou ao Portal que recebeu a comunicação da CVM: “A Liqi sempre contribuiu com o regulador para ajudá-lo a entender os impactos da tokenização e tecnologia no mercado. Então essas perguntas da área de supervisão só corrobora dentro do trabalho que já estamos fazendo a mais de dois anos com eles”. 

Publicidade

Em entrevista ao Valor, Gustavo Blasco, fundador do PeerBr e CEO do Grupo GCB, disse que recebeu os ofícios e não viu “problema nenhum”. 

Outra tokenizadora que recebeu a comunicação foi a Hurst Capital, que disse ao Valor entender ser um bom sinal: “Interpretamos como algo para entender o mercado e as inovações. Eles querem criar as regras mais adequadas. Nós sempre tivemos um diálogo muito bom com a CVM”. 

Desde o ano passado, as tokenizadoras passaram a usar, sob orientação da comissão, a Instrução CVM 88. Essa regra permite o lançamento de produtos financeiros como os tokens usando as normas de crowdfunding.

Para a indústria, o problema é que a capitalização do projeto, feita via crowdfunding, é de R$ 15 milhões, o que inviabiliza produtos de maior porte.

PostBlock

VOCÊ PODE GOSTAR
Foto de rosto de Elon Musk

Elon Musk muda nome no X e faz preço de memecoins dispararem; entenda

Elon Musk mudou o nome de sua conta no X para ‘Harry Bōlz’ após defender um seguidor, o que gerou uma onda de memecoins cunhadas na rede Solana
moeda solana com grafico no fundo

VanEck prevê quanto a Solana valerá no final do ano

Com a estimativa da gestora, a capitalização mercado da SOL poderia chegar a US$ 250 bilhões — mais que o dobro do atual
Imagem da matéria: Brasileiros seguem tendência global e sacam R$ 12 milhões de fundos de criptomoedas

Brasileiros seguem tendência global e sacam R$ 12 milhões de fundos de criptomoedas

Fundos cripto ao redor do mundo tiveram um resultado negativo de US$ 415 milhões na última semana
Imagem da matéria: Criadores da memecoin de Milei são os mesmos por trás do token da Melania Trump, diz análise

Criadores da memecoin de Milei são os mesmos por trás do token da Melania Trump, diz análise

Plataforma de análise Bubblemaps descobriu padrões de carteiras que conectam duas memecoins que causaram milhões em prejuízo a investidores