CVM monta “pegadinha” e mostra que quase metade dos brasileiros cairia em golpe com investimentos

Site de fachada criado por CVM e Anbima prometia altos e irreais lucros: página teve quase um milhão de visitantes e alta taxa de cliques
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A Comissão de Valores Mobiliários (CVM) e a ANBIMA (Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais) anunciaram nesta quarta-feira (22) os resultados de um teste – na prática, uma pegadinha – que criaram para mostrar como os brasileiros são vulneráveis a golpes.

As entidades criaram um site de uma empresa fictícia que simulava a oferta de fundos de ações e garantia lucros altos irreais, sem avisar que se tratava de uma simulação.

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A página obteve 884.949 visitas nos quatro meses em que ficou no ar, entre novembro de 2022 e fevereiro de 2023. Desse total, 48,8% clicaram em botões da página inicial que indicavam a intenção de investir nos produtos.

Ao fazer isso, os visitantes eram levados a uma página educativa, alertando sobre o risco que correram e orientando sobre ciladas e formas de prevenção.

“É fundamental sempre estar atento aos sinais: desconfie de promessas de rendimentos altos, cuidado com supostos especialistas em fóruns de internet e redes sociais, cuidado com ofertas na internet de fontes desconhecidas e verifique sempre o ofertante/intermediário”, comentou Andréa Coelho, Chefe da Divisão de Educação Financeira e Superintendente Interina de Proteção e Orientação aos Investidores da CVM.

A divulgação dos resultados dessa iniciativa ocorre na semana da Global Money Week, campanha mundial de conscientização sobre a importância da educação financeira que ocorre até o dia 26 de março.

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“Os resultados mostram que as pessoas ainda estão vulneráveis a ofertas enganosas e golpes já conhecidos e que sempre têm as mesmas características. A primeira linha de defesa é sempre buscar informações isentas sobre produtos financeiros e cultivar um ceticismo saudável quando nos deparamos com ofertas que parecem ser muito boas para serem verdade. Geralmente não são mesmo”, afirma Marcelo Billi, Superintendente de Educação da ANBIMA.