Imagem da matéria: Crypto.com cobra que clientes devolvam dinheiro emprestado em países onde serviço é proibido

A corretora Crypto.com parece estar redobrando os esforços para impedir que os clientes façam empréstimos na plataforma em jurisdições onde o serviço não é permitido.

De acordo com o CoinDesk, clientes estão recebendo e-mails da corretora que pede que o dinheiro emprestado seja devolvido até a próxima terça-feira (15).

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O veículo analisou dois e-mails recebidos por clientes da exchange na França e na Alemanha e ambos continham a mesma mensagem do Crypto.com: “Por favor, esteja informado de que o empréstimo não é mais suportado em sua jurisdição. Por esse motivo, somos obrigados a cancelar seus empréstimos atuais”.

O curioso é que nenhum dos dois clientes tinham realizado um empréstimo na plataforma até então, sinalizando que a mensagem pode ter sido fruto de algum tipo de problema.

Um representante da empresa não respondeu ao portal para esclarecer o ocorrido. Apesar disso, o Crypto.com atualizou nesta terça-feira (8) uma publicação no seu blog em que informa quais países os serviços estão proibidos.

No total, são 41 jurisdições nesta lista, incluindo países de peso no mercado como Estados Unidos, Reino Unido, China, Canadá, além de Itália e Alemanha, onde estão localizados os usuários que receberam os e-mails de alerta.  

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O Brasil está fora da lista de jurisdições restringidas, de tal forma que o serviço de empréstimo pode ser utilizado por usuários brasileiros. A corretora relembra que para usar a função, todos os clientes devem concluir a verificação de nível avançado da plataforma.

O programa “Lending” do Crypto.com permite que os clientes emprestem fundos utilizando as suas criptomoedas na plataforma como garantia. 

A corretora diz que nas regiões onde o serviço é permitido, os usuários podem “obter empréstimos de criptomoedas para atender às suas necessidades financeiras, usar para negociação de margem no Crypto.com ou hedge em outras exchanges”.

Crypto.com no Brasil

O Brasil foi escolhido como a porta de entrada para a expansão do Crypto.com na América Latina. A corretora chegou ao Brasil em maio do ano passado, quando passou a permitir que clientes do país realizassem depósitos e saques na plataforma em real por Pix, TED e DOC.

No começo do ano, o Crypto.com enfrentou uma situação complicada ao sofrer um ataque hacker que fez seus clientes perderem R$ 184 milhões em criptomoedas.

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A corretora arcou com o prejuízo deixado pelo que chamou de “incidente de segurança”. Na ocasião, o CEO do Crypto.com, Kris Marszalek, revelou que mais de 400 contas foram invadidas e que os hackers levaram 4.836,26 ETH, 443,93 BTC e mais US$ 66,2 mil em outras criptomoedas.

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