Imagem da matéria: Criador do PayPal lamenta não ter investido o suficiente em bitcoin
Foto: Wikimedia Commons

O bilionário da tecnologia Peter Thiel, criador do PayPal, afirmou que “não investiu o suficiente” em bitcoin durante um evento em Miami, acrescentando que a ascensão das criptomoedas “nos indica que estamos em um momento de falência completa dos bancos centrais”.

À medida que o bitcoin atingiu uma alta recorde de mais de US$ 67 mil recentemente, Thiel refletiu se poderia subir ainda mais. “Bitcoin em US$ 66 mil. Vai subir? Talvez”, disse em participação ao evento da organização sem fins lucrativos Lincoln Network.

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O executivo brincou: “Você deve apenas comprar bitcoin”, completando dizendo sentir que investiu pouco no ativo. Sua hesitação em investir se resume ao fato de que “todos já sabiam desse segredo”.

Apesar disso, sugeriu que “as respostas” sobre o bitcoin “ainda vão longe” e que, “talvez, ainda seja um segredo”.

O bilionário liberal argumentou que criptomoedas se alinham à filosofia política de ser “uma força para a descentralização” enquanto a inteligência artificial, “principalmente a de baixa tecnologia e na forma de vigilância, é praticamente comunista”.

“O canário na mina de carvão”

Essa não foi a primeira vez na semana que Thiel opinou sobre o bitcoin.

Em um evento realizado pelo grupo conservador de advocacia Federalist Society, o cofundador do PayPal sugeriu que o atual ciclo de alta indica as fraquezas do sistema político americano.

“Eu não sei se você deve colocar todo o seu dinheiro no bitcoin que está a US$ 60 mil agora, mas é claro que o fato de estar em US$ 60 mil é um sinal bastante esperançoso”, afirmou Thiel,

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Ao descrever o bitcoin como “o canário na mina de carvão” (que se refere a um aviso do que o que vem a seguir pode ser perigoso ou problemático), Thiel argumentou que “é o mercado mais honesto que temos no país e nos indica que esse regime decrépito está prestes a explodir”.

Este ano, Thiel havia se declarado como um “maximalista pró-cripto e pró-bitcoin” e argumentou que a criptomoeda “também deve ser pensada, em parte, como uma arma financeira da China contra os EUA, pois ameaça o dinheiro fiduciário, mas ameaça especificamente o dólar americano”.

 

Na época, argumentou que é bem provável que o bitcoin atue como uma moeda funcional de reserva em vez do yuan digital da China, que ele desconsiderou como um “tipo de dispositivo de medição totalitária”.

“Se a China comprasse bitcoin, talvez, de uma perspectiva geopolítico, os EUA devem fazer perguntas mais sérias sobre como isso funciona”, disse ele. Semanas depois, a China desafiou as previsões do bilionário ao implementar uma ampla repressão ao bitcoin e a outras criptomoedas.

*Traduzido e editado por Daniela Pereira do Nascimento com autorização da Decrypt.co.

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